O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) protagonizou uma cusparada no colega de Câmara Jair Bolsonaro (PSC-RJ), após a participação de ambos na votação a respeito do impeachment da presidente Dilma Rousseff, no último domingo (17).
Wyllys pode ser visto deixando o local onde declarou o voto em direção a Bolsonaro, que acena com as mãos. Em seguida, o deputado do PSOL tenta cuspir no adversário, mas segundo relatos dos presentes ele não conseguiu acertar o alvo.
Pouco tempo depois, justificou a atitude em sua página no Facebook: “Depois de anunciar o meu voto NÃO ao golpe de estado de Cunha, Temer e a oposição de direita, o deputado fascista viúva da ditadura me insultou, gritando ‘veado’, 'queima-rosca’, 'boiola’ e outras ofensas homofóbicas e tentou agarrar meu braço violentamente na saída”, escreveu Wyllys.
“Eu reagi cuspindo no fascista, e faria de novo, com quanta saliva eu tivesse. Não vou negar e nem me envergonhar disso. É o mínimo que merece um deputado que 'dedica’ seu voto a favor do golpe ao torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do DOI-CODI do II Exército durante a ditadura militar”, completou, mencionando a polêmica participação de Bolsonaro, que também elogiou muito o presidente da casa e principal condutor do processo de impedimento, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Até a noite deste domingo, o deputado Jair Bolsonaro não se manifestou sobre o ocorrido. Em sua página no Facebook, o parlamentar publicou um vídeo ensaiando a sua declaração para o momento do voto no qual defendeu o afastamento de Dilma.
Para ver o vídeo do ocorrido, clique aqui. Abaixo, leia na íntegra a declaração de Jean Wyllys: