Ao participar esta semana de Audiência Pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal que debateu as dívidas dos estados e municípios, o Senador Raimundo Lira (PMDB-PB) defendeu a implantação de ações que assegurem educação de qualidade aos brasileiros e um incentivo maior para a política de exportação.
Como economista, o senador entende que esses dois pontos são fundamentais para qualquer país alcançar o seu pleno desenvolvimento e se tornar potência econômica.
Lira, que é vice-presidente da CAE, revelou que, lamentavelmente, o Brasil abandou o planejamento e corre o risco de se tornar o primeiro país do mundo plenamente desenvolvido sem poder planejar o futuro. Ele lembrou que, hoje, os principais países do mundo que alcançaram a condição de desenvolvidos investiram fortemente na política de exportação e na educação.
“Para um país ter estabilidade econômica na exportação tem que exportar produtos com alta tecnologia e alto valor agregado. O ensino de qualidade está ligado diretamente a essa atividade” disse. Segundo Lira, para isso é preciso que haja planejamento e, sem planejamento, o país não pode atingir o esperado nível de desenvolvimento.
Setor Produtivo - Ao se reportar ao setor produtivo brasileiro, ele observou que, hoje, as empresas multinacionais que se dispõem a investir no Brasil procuram setores que tenham baixa competitividade. Isso porque que o custo de produção do País é tão elevado que somente o uso da tecnologia e o avanço do setor industrializado não são suficientes para garantir a competitividade no mercado.
“É preciso que também exista a baixa competitividade no mercado” enfatizou.
Para Lira, hoje poucas empresas médias e baixas se arriscam a investir, visto que, se por acaso elas resolverem fechar as portas, o custo trabalhista fica maior que o patrimônio líquido e o capital da empresa. “A avalanche das ações movidas contra muitas empresas no país praticamente desmancha todo o patrimônio dos empreendedores”, ressaltou.
Para o vice-presidente da CAE, é preciso encontrar um ponto de equilíbrio que favoreça os trabalhadores, clientes e empreendedores. “Como podemos nos tornar uma economia forte, crescer economicamente e gerar impostos se as nossas empresas estão sobrecarregadas com todos esses custos?”, indagou o senador peemedebista.
Gabinete senador Raimundo Lira