quinta-feira, 28 de abril de 2016

Ex-juiz da “Lei Ficha Limpa” deixa a magistratura e se filia à REDE

A Rede Sustentabilidade ganha um importante reforço em seus quadros com a filiação do ex-juiz federal Márlon Reis, que anunciou o seu desligamento da magistratura. Além de integrar o partido a partir de agora, ele também tem planos de atuar como advogado especializado em Direito Eleitoral e Partidário. Reis ganhou notoriedade por ter sido um dos autores e defensores da “Lei Ficha Limpa” – que impede o político condenado de disputar as eleições.

O anúncio oficial sobre seu desligamento do Judiciário foi feito durante entrevista coletiva à imprensa, realizada nesta terça-feira, 26 de abril, na sede da seção maranhense da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), em São Luís (MA). Na ocasião, Reis também informou que abrirá um escritório de advocacia para atuar no segmento escolhido. A solenidade contou ainda com a presença do porta-voz nacional do partido, José Gustavo Fávaro Barbosa.

Durante a entrevista, Zé Gustavo aproveitou para dar as boas vindas ao ex-juiz. “É inegável essa contribuição social que o doutor Márlon já deu como juiz. Acredito que ele vai poder trabalhar em outras frentes com toda a sua experiência e colaborar com esse seu conhecimento nas contribuições que a REDE quer dar à sociedade brasileira, na defesa da legislação e dos direitos da minoria. É uma honra contar com ele”, afirmou.

O pedido de exoneração junto à magistratura foi protocolado na última segunda-feira, 25 de abril. O ex-juiz explicou que a decisão foi tomada após alguns anos de reflexão. “Eu devo muito à magistratura. Nunca esquecerei o que conquistei e aprendi nesses 19 anos como juiz. Mas volto à advocacia porque sinto maior necessidade de expressar um pensamento”, explicou Reis.

Ficha Limpa

O ex-juiz ganhou notoriedade em sua carreira de 19 anos no Judiciário, quando atuava no Maranhão. Naquela ocasião, Reis se notabilizou por participar da elaboração, em 2002, da minuta do projeto que mais tarde se transformou na “Lei Ficha Limpa”, que proíbe políticos já condenados em segunda instância de disputarem as eleições. A proposta de iniciativa popular contou com mais de dois milhões de assinaturas e foi aprovada somente em 2010.


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