A Rede Sustentabilidade ganha
um importante reforço em seus quadros com a filiação do ex-juiz federal Márlon
Reis, que anunciou o seu desligamento da magistratura. Além de integrar o
partido a partir de agora, ele também tem planos de atuar como advogado
especializado em Direito Eleitoral e Partidário. Reis ganhou notoriedade por
ter sido um dos autores e defensores da “Lei Ficha Limpa” – que impede o
político condenado de disputar as eleições.
O anúncio oficial sobre
seu desligamento do Judiciário foi feito durante entrevista coletiva à
imprensa, realizada nesta terça-feira, 26 de abril, na sede da seção maranhense
da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), em São Luís (MA). Na ocasião, Reis
também informou que abrirá um escritório de advocacia para atuar no segmento
escolhido. A solenidade contou ainda com a presença do porta-voz nacional do
partido, José Gustavo Fávaro Barbosa.
Durante a entrevista, Zé
Gustavo aproveitou para dar as boas vindas ao ex-juiz. “É inegável essa
contribuição social que o doutor Márlon já deu como juiz. Acredito que ele vai
poder trabalhar em outras frentes com toda a sua experiência e colaborar com
esse seu conhecimento nas contribuições que a REDE quer dar à sociedade
brasileira, na defesa da legislação e dos direitos da minoria. É uma honra
contar com ele”, afirmou.
O pedido de exoneração
junto à magistratura foi protocolado na última segunda-feira, 25 de abril. O
ex-juiz explicou que a decisão foi tomada após alguns anos de reflexão. “Eu
devo muito à magistratura. Nunca esquecerei o que conquistei e aprendi nesses
19 anos como juiz. Mas volto à advocacia porque sinto maior necessidade de
expressar um pensamento”, explicou Reis.
Ficha Limpa
O ex-juiz ganhou
notoriedade em sua carreira de 19 anos no Judiciário, quando atuava no
Maranhão. Naquela ocasião, Reis se notabilizou por participar da elaboração, em
2002, da minuta do projeto que mais tarde se transformou na “Lei Ficha Limpa”,
que proíbe políticos já condenados em segunda instância de disputarem as
eleições. A proposta de iniciativa popular contou com mais de dois milhões de
assinaturas e foi aprovada somente em 2010.