quarta-feira, 12 de maio de 2010

Produtores de coco da PB têm dificuldade de escoar a produção

CIDADES: 12/05/2010 - O município de Sousa, na Paraíba, é o maior produtor de coco do Estado. Mas agora está enfrentando um problema. As estradas estão em péssimas condições e os caminhões têm dificuldade de transportar o que é colhido. 


O perímetro irrigado de São Gonçalo fica no alto sertão da Paraíba e tem mais de cinco mil hectares divididos entre 456 colonos. Dentro desse perímetro existem núcleos onde são produzidos, principalmente, o coco e a banana. Por dia, mais de 30 de caminhões levam as frutas para outras cidades da região e para outros Estados. 

O escoamento da produção é feito através de estradas secundarias. É onde está o problema. A maioria das estradas está cheia de buracos e lama. O caminhoneiro Luciano Pereira, que chega a fazer três viagens por mês, disse que quebrar o veículo na estrada é algo que acontece com frequência. 

“Eu já virei o caminhão carregado de coco e com os peões em cima. Muitos caminhões saem quebrados. O caminhão atola. Vem o trator para puxar e não puxa”, contou Pereira. 

O caminhão, com capacidade para transportar até 27 toneladas de coco, conseguiu chegar. Desse ponto, até os lotes onde são colhidos os cocos e as bananas, apenas caminhões de pequeno porte conseguem passar.
Para os colonos da região, o custo extra com o transporte da produção acaba dando muito prejuízo. “Nosso prejuízo é R$ 0,10 por unidade por causa das estradas”, falou o agricultor Francisco Garcia da Silva. 

A equipe de reportagem flagrou uma cena bastante comum pelo lugar: caminhões atolados, retirados por tratores. Segundo Gerlando Linhares, secretário de Infra-Estrutura de Sousa, o trabalho de manutenção das estradas já começou. Existe um projeto de criação de uma rodovia para o perímetro. 

“Nós estamos fazendo aqui um trabalho de formiguinha. Tapa um buraco aqui e outro ali. Não temos ainda as condições materiais de fazer um grande trabalho ou uma grande ação no perímetro irrigado de São Gonçalo”, esclareceu.

Fonte: Globo Rural