PARAÍBA: 02/05/2010 - Endividados por causa do vício das drogas, principalmente do crack,
adolescentes e jovens paraibanos estão pagando ao tráfico com mortes,
assaltos, roubos e outros crimes. Alvos fáceis, meninos a partir dos 12
anos são treinados e armados por traficantes para “produzir” para o
crime.
O contrabando de armas de fogo e munições continua ocorrendo no
País e na Paraíba e parte desse “arsenal” está indo parar nas mãos de
adolescentes. A situação está preocupando a polícia.
“Jovens viciados em crack são facilmente aliciados pelos traficantes. A ‘fissura’ para usar a droga é tão grande que muitos adolescentes trabalham para o tráfico apenas em troca da pedra. ‘Aqui, está a arma. Se me trouxer uma morte, te dou drogas.
É uma morte por uma pedra’. Este
é o ultimato dado por traficantes a jovens”, afirmou o delegado Wagner
Dorta, chefe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Polícia Civil
da Paraíba.
As polícias do Estado não têm um estudo e nem uma estimativa da quantidade de armas de fogo circulando entre adolescentes paraibanos.
Mas, a pesquisa mais recente realizada pela Organização
Não-governamental carioca Viva Rio e pelo Instituto de Estudos da
Religião (ISER), mostra que 207 mil armas de fogo clandestinas estão em
poder de criminosos na Paraíba. Uma parte desses armamentos estaria com
adolescentes e jovens.