POLICIAL: 11/05/2010 - [foto: DETRAN] - Um
cidadão analfabeto foi flagrado na manhã de ontem, segunda-feira (10), na
sede do Detran em João Pessoa, tentando fazer o exame psicotécnico para
tirar a Carteira de Habilitação, em um esquema montado por um
despachante.
O cidadão é o auxiliar de Serviços Gerais, Sebastião
Caitano de Castro (foto), e o despachante é o sargento reformado da
Polícia Militar, Mauricio Silva, cujo cadastro de despachante já foi
cancelado por determinação do diretor Superintende do Detran, Coronel
Francisco de Assis Silva. Os dois foram presos, levados para a 9ª
Delegacia Distrital, em Mangabeira, onde foram autuados em flagrante
pelo crime de estelionato.
O
esquema foi descoberto por uma psicóloga, que percebeu que Sebastião
Caitano estava com dificuldade para responder aos quesitos da prova,
principalmente um item que pedia para o candidato falar sobre ele, mas
Sebastião escreveu sobre o cinto de segurança.
A chefe da Divisão de Psicologia, Lourdes Veríssimo Coelho, disse que Sebastião já tinha tentado fazer a prova outras duas vezes sem ter sucesso e, ao perceber que ele tinha escrito sobre o cinto de segurança e não sobre ele, Lourdes pediu que ele escrevesse no verso da prova sobre o Dia das Mães, percebendo naquele momento que ele era analfabeto.
A chefe da Divisão de Psicologia, Lourdes Veríssimo Coelho, disse que Sebastião já tinha tentado fazer a prova outras duas vezes sem ter sucesso e, ao perceber que ele tinha escrito sobre o cinto de segurança e não sobre ele, Lourdes pediu que ele escrevesse no verso da prova sobre o Dia das Mães, percebendo naquele momento que ele era analfabeto.
Ela contou
que quando foi questionado sobre a diferença do papel da prova que havia
sido entregue a ele e a caligrafia das respostas, Sebastião contou que
havia dado R$ 500 a um despachante conhecido como sargento Mauricio. Na
delegacia, Sebastião contou que tinha dito ao sargento que era
analfabeto e precisava da Carteira de Habilitação, tendo repassado a
quantia acertada e o despachante deu a ele os documentos e a prova já
preenchida.
O sargento Mauricio declarou que não tem envolvimento
no caso e que também não entregou a Sebastião a prova já preenchida,
garantindo que a caligrafia da prova não é dele. O delegado da 9ª
Delegacia Distrital, Edílson Araújo, disse que os dois vão responder a
um inquérito pela prática de estelionato.