Auxiliadora resolve desabafar e relata para nossa reportagem; “Ao me deslocar até ao HRC, onde trabalho na UTI, para assinar um documento importante em RH, na última quarta (09/12), às 10hs20, tive meu ponto cortado no município, onde trabalho no (PSF) e minha assinatura riscada, rasurada para dificultar a identificação. Na segunda-feira seguinte, dia (14), fui ao Banco do Brasil fazer um cadastramento “obrigatório", entrando na referida agência por volta das 11hhs35, e saindo por volta das 19hs10, quase 8 horas de fila, onde estavam professores, policiais, profissionais da saúde e outros.
Fizemos até uma cotinha naquele momento para comprar algo para comer, pois, tanta hora consecutiva ali estava desgastada.
Tendo deixado avisado, mais uma vez sofri falta e em seguida uma transferência para o (PSF) do Cristo. Não entendo essas atitudes em relação a alguns “colegas”, quando outros são protegidos, tendo a mesma carga horária de trabalho. Nesse mesmo dia, à noite, estaria de plantão na UTI, sendo dispensada pela minha coordenadora, que é uma profissional da saúde que compreendeu a situação pela qual eu estava passando.
Deviam ir até a comunidade e saber do meu desempenho e do que faço até nos finais de semana para assistir aquém precisa dos meus cuidados; deviam se preocupar em nos pagar a insalubridade, porque trabalhamos em ambiente insalubre, lidamos com doenças infecto contagiosas e gratificação porque nos deslocamos á pé por toda a comunidade e zona rural para realizar visitas, curativos e sinais vitais. Tenho utilizado até o meu transporte, a fim de garantir a assistência. Durante toda a semana os amigos da imprensa me ajudaram na locomoção para o trabalho, porque estou temporariamente sem transporte. Mas, transformo esse tipo de coisa em benção, porque a comunidade do Cristo precisa de mim, também.
Não vou ser negligente por causa disso. Quanto às faltas, Deus é o meu Justificador e a população do PSF Mutirão sabe da minha responsabilidade e do meu compromisso. Mesmo tendo uma mãe totalmente acamada, que em alguns momentos precisa dos meus cuidados, nunca deixei de cumprir com as minhas atividades profissionais. Quero chamar à atenção de todos os colegas, companheiros de sindicatos e COREN, informou a enfermeira.
É lamentável como a perseguição política continua na cidade de Cajazeiras, e o prefeito Léo não estava sabendo deste ocorrido, mas ao saber, o chefe do executivo municipal se colocou à disposição da enfermeira Auxiliadora, para rever o que o fato, transferindo-a para o posto do Cristo Rei. “Todos os cidadãos cajazeirenses esperam que isto não se repita, pois a cidade não ganha nada com a transferência desnecessária de professores, enfermeiros e outros servidores municipais, em conseqüência de perseguições políticas, finalizou Auxiliadora. Da redação