“Se isso fosse acontecer em Juazeiro do Norte, ia colocar o Padre Cícero vestido em uma batina cor de rosa, se isso fosse em Exu, ia colocar Luiz Gonzaga também numa roupa cor de rosa com bolinhas azuis? Eu não vou participar da festa de forma alguma, eu sou cabra-macho até a medula,” diz um homem.
Nesta casa, todos evangélicos, a mesma coisa. Ninguém quer saber da tal canga-gay. Principalmente ele. “Eu sou contra essa festa, pois a palavra do senhor nos diz que o homossexualismo é pecado. Mas também nos diz que Deus ama o homossexual. Eu fui homossexual assumido, fui o primeiro homossexual em 1999 a manter um relacionamento com uma pessoa do mesmo sexo abertamente, mas hoje estou de posse deste milagre: sou um ex-homossexual”.
Nas ruas, ninguém acredita em ex-gay. E a Serra Talhada começa a ficar colorida. O trabalho mesmo é realizar a grande transformação de cada um dos componentes. É um brilho só.
E aqui, o time que provoca o maior escândalo em Serra Talhada. Eles trocaram os cangaceiros, pelos cangas-gays. E eles, elas, devidamente montadas, arrumadíssimas, prontas para a estreia do Carna-gay, na terra do cangaço. E os canga-gays, quem diria, viraram o maior sucesso na noite de Serra Talhada. Já os moradores da cidade, não aprovaram muito. Do G1