O compromisso prevê um peemedebista como vice na chapa de Dilma, a incorporação do PMDB à coordenação da campanha e a participação do partido na elaboração do programa de governo da candidata, que atualmente está atrás da oposição nas pesquisas de intenção de voto. A união dará à campanha amplo espaço na propaganda gratuita de TV.
A formalização da aliança dependerá da decisão das convenções de ambas as siglas em encontros realizados em meados do ano que vem.
"É o primeiro passo que consolidará esta aliança nacional que hoje (terça-feira) ficou pré-estabelecida", afirmou a jornalistas o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (SP), presidente licenciado do PMDB. "Hoje foi um grande passo porque, na verdade, nós firmamos um compromisso muito sólido."
A decisão foi oficialmente tomada em jantar realizado no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República. Participaram da reunião ministros e líderes de ambas as legendas. O outro porta-voz do anúncio foi o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP).
"A chapa majoritária do PT e do PMDB é a representação dos dois maiores partidos que sustentam o governo Lula e que nós pretendemos que sustentem a candidatura da ministra Dilma Rousseff", sublinhou.
O deputado Michel Temer é o mais cotado para disputar a vice-presidência na chapa da petista. Na entrevista coletiva, entretanto, o parlamentar evitou o assunto: "Os outros falam, mas eu não falo. O nome será fruto das circunstâncias políticas a serem definidas no ano que vem."
Berzoini e Temer destacaram a intenção de conquistar a adesão dos outros partidos da base aliada. Com esse mesmo objetivo, Dilma se reuniu recentemente com representantes do PCdoB, PDT, PR e PRB, que tendem a apoiar sua campanha. Está agendado para a semana que vem encontro com a cúpula do PP.
Por outro lado, o PSB pode criar um obstáculo ao projeto do presidente Lula de fazer da eleição de 2010 um plebiscito em que os eleitores façam a comparação entre o seu governo e a administração anterior, do PSDB. Embora integrante da base aliada, o partido estuda lançar o deputado Ciro Gomes na corrida presidencial.
Temer defendeu uma candidatura única entre os governistas. "Seria útil para o país que tivesse um bloco com uma candidatura e outro bloco com outra candidatura." Da Redação com Msn.