sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Ex-funcionário da prefeitura de Sousa faz denúncias comprometedoras do atual prefeito Fábio Tyrone

CIDADES: 23/10/2009 - Em entrevista exclusiva com o jornalista Pereira Júnior da vizinha cidade de Sousa - José Pereira Júnior, conhecido popularmente por Dedé, (foto), que é ex-funcionário do (CAPS) da Prefeitura de Sousa, o qual fez revelações bombásticas do que rolou nos bastidores da campanha eleitoral do ano passado envolvendo o atual prefeito Fábio Tyrone, o mesmo, revelou detalhes de como funcionava os esquemas montados. Segundo o denunciante o então candidato Tyrone entregava de botijões de gás de cozinha e dinheiro em troca de votos.

José Pereira Júnior trabalhou durante a campanha eleitoral para o prefeito Fábio Tyrone e, segundo ele, viu “bichos de sete cabeças”, e resolveu agora, torná-las públicas, vindo a fazer revelações ao conhecimento da população e afirmou que está disposto contar tudo ao juiz eleitoral Dr. Henrique Jácome de Figueiredo como funcionou o esquema de compra de votos por parte de Fábio Tyrone.

Dedé tem dando declarações na imprensa sousense que tem algo a falar. O repórter Pereira Júnior fez uma série de indagações para o ex-funcionário.

FOLHA - Temos informações que você vem sendo perseguido por parte de alguns setores. O que você tem a declarar e sabe sobre o esquema?

DEDÉ – o que aconteceu no município comigo, foi uma questão de perseguição pela diretora do CAPS, Suênia a mulher de “Dubom” cunhada de Chiquinho Cicupira. Não tenho nada contra Chiquinho Cicupira, quero deixar aqui bem claro para que todos fiquem sabendo desta história. Fui perseguido porque eu procurei a diretora do CAPS para colocar um botijão de gás para fazer comida para os funcionários e pacientes daquela divisão. Fui perseguido por questão de uma falta no mês de agosto, foram descontados R$ 54,00, (cinqüenta e quatro reais) da primeira falta, procurei o prefeito do município e pedi para ele me transferir para outra divisão qualquer, ele me olhou e disse: “não tenho onde te colocar”, aquilo me deixou muito machucado. Eu tomei uma providência, como havia falado antes, procurei a imprensa. Não participei das ações, apenas as vi, agora se alguém me perguntar se eu tenho provas, eu falo a qualquer hora que tenho sim, mas afirmou também que tenho provas do que presenciei, não tenho papéis, nem documentos.

FOLHA – O que foi que você viu?

DEDÉ – São duas coisas que quero deixar aqui bem esclarecidas, como deixei em toda imprensa lá da cidade de Sousa e só divulgo duas coisas: a farra do dinheiro e a farra dos botijões de gás de cozinha, mas têm muito mais duas divulgadas agora na imprensa de Sousa, as outras três, só falo perante a Justiça.

FOLHA – Você tem conhecimento de farra de distribuição de Botijão, isso durante a campanha?

DEDÉ – Exatamente! No pleito de 2008, foi isso ai o que aconteceu.

FOLHA – Através de quem, de Fábio Tyrone?

DEDÉ – Sim, do Prefeito Fábio. Eu desafio ele, cara a cara, se for possível a gente bate frente a frente em ordem judicial. Estou pronto para qualquer bomba que vier explodir em minha mão.

FOLHA – Você já foi procurado por alguém da prefeitura?

DEDÉ – Já fui procurado sim, pelo Chefe de Gabinete - Júnior de Willame e, não quero nenhum acordo. Porque eu não quero acordo? Eu fui um cara que trabalhou muito, dei meu sangue. O que foi que eu ganhei de lá? Um tremendo coice.

FOLHA – A distribuição dos botijões que você falou, foram distribuídos onde? Você viu como foi feito esse esquema? Como era trabalhado o esquema por parte do Prefeito Fábio Tyrone, que na época era candidato?

DEDÉ – Isso ai aconteceu da seguinte maneira: acontecia sempre nas madrugadas, era um esquema que pegava o silêncio da noite e já tinha as pessoas certas, nas casas certas para deixar. Eram trocados esses botijões gás por votos. Entende? A farra do dinheiro era na visita, chegava numa casa fechava as portas e empurravam os R$ 50. Na cara dura perguntavam: o que estavam precisando? As pessoas falavam: estou precisando de um cano, estou precisando pagar uma conta de energia. Isso eu mesmo confirmado.

FOLHA – Não queremos colocar palavras na sua boca, porém, queremos os fatos. Ele, o então prefeito fazia esse esquema como, eles chegavam com o botijão entrevam nas residências de um eleitor qualquer e diziam: aqui é para você votar em Tyrone e, além do botijão entregavam dinheiro?

DEDÉ – Exatamente! Exatamente!

FOLHA - Você participou alguma vez das entregas?

DEDÉ – Não participei das entregas, apenas as presenciei. Se eu disser que participei, estou cometendo um crime. Apenas, acompanhava.

FOLHA - Quem eram essas pessoas que faziam as entregas, você tem os nomes delas?

DEDÉ – Você vai me desculpar, mas, eu garanto que perante o Juiz, declaro. Á imprensa eu declaro somente essas duas coisas: a farra do dinheiro e dos botijões de gás.

FOLHA - Você esclareceu a farra dos botijões como eram feitas ás entregas do dinheiro?

DEDÉ – Isso era um esquema bem feito durante a madrugada, tinha inclusive um carro de som envolvido. Na hora que passava o som, o motorista fazia de conta que iria tomar água, naquela ação era a determinação das entregas.

FOLHA – Ele parava em frente de uma residência. Digamos assim: ele chagava lá e pedia água, a pessoa que trazia a água era convidada para uma conversa rápida, que ele dizia: tem um botijão de gás aqui e também um dinheiro para você. Assim funcionava o esquema. É assim, dessa maneira mesmo que acontecia?

DEDÉ – Verdade. A pura verdade!

FOLHA – Você pretende dizer tudo isso em juízo. Por que você só agora decidiu fazer essas declarações?

DEDÉ – porque eu achei que foi um pleito na farra do dinheiro, farra de botijão. Eu vou citar aqui mais uma coisa que não citei na imprensa, farra de camiseta, farra de outras coisas que não quero divulgar agora e nem quero prejudicar ninguém. Mas, assim aconteceu muita farra. A farra do dinheiro foi muito grande. Pode aguardar. Dr. Henrique se quiser me intimar, eu estou pronto. Moro no Gato Preto. Estou tranqüilo, pronto para conversar com qualquer magistrado.

FOLHA – Você não teme ameaças de morte?

DEDÉ - Não, nessa questão estou tranqüilo. Inclusive já houve uma reunião com secretários no Hotel Jardim, Ele, [Tyrone] passou por mim, olhando para mim de lado, mas não tenho medo dele de maneira alguma.

FOLHA – Então você declara essas farras e têm outras bombas guardadas, que você prefere para o momento certo, que você possa divulgá-las. E essas que você tem guardadas elas são também fortes, tanto quanto essas, que você acabou de declarar?

DEDÉ – Tranquilamente. Tranquilamente. Principalmente na hora que o candidato Fábio Tyrone tomava uma cachacinha, na hora que ele estava alcoolizado, era uma farra a mais.

FOLHA – O que ele fazia quando estava bêbado?

DEDÉ - Depois dos comícios ele saia para outras farras e, na madrugada andava sempre acompanhado. Eu não quero divulgar nomes, os “capangas” formavam as equipes. Muitos carros contratados em 2008, mais de 30 carros locados na cidade de Sousa. E você pode me perguntar o seguinte: de onde esses carros partiam, eu não posso lhe responder de onde, com esses capangas. Inclusive, no final de pleito de 2008, faltando três dias para a campanha, juntaram muitos desses carros, mais de 30 carros mesmo. A preocupação deles era com o mutirão. O pessoal do mutirão quando percebia um dos carros vermelhos da campanha do derrotado André Gadelha, eles faziam um meio de perseguir. Quer dizer, eram 30 carros disponíveis na cidade. FOLHA – Então você tem outras coisas para divulgar que você prefere somente em juízo?

DEDÉ – Exatamente! De preferência na presença do Juiz Dr. Henrique, na hora que ele me convidar. Preste bem atenção toda imprensa! Não tenho provas nem documentos em mãos, mas, quero dizer que eu vi tudo. Não participei. Eu apenas vi.

FOLHA – Inclusive a distribuição dos botijões que você entende ser da própria empresa do prefeito? Como é do conhecimento de todos que ele tem revenda em Sousa.

DEDÉ – Claro e evidente. Isso ai é da própria empresa dele. Ele participou durante o pleito eleitoral em programa da Rádio Sousense FM e informou o seguinte: “assim que eu ganhar a campanha não será vendido um só botijão da minha empresa”, declarou Fábio Tyrone. Eu estive trabalhando no município algum tempo e percebi que está sendo vendidos para a prefeitura botijões, arroz e outros produtos do próprio armazém dele, isso eu tenho certeza e confirmo, se você quiser ver ao vivo tudo isso procure saber.

Fonte: Pereira Júnior - Sousa