A afirmação faz referência à recomendação feita no início do mês, pelo Ministério Público da Paraíba e Federal, para que os meio de comunicação não exibam imagens de pessoas detidas pela polícia ou encarcerados sem autorização deles ou do advogado, defensor público, juiz ou membro do MP.
Segundo Eitel Santiago, a recomendação do MP não tem cabimento e o órgão não deveria “se prestar” ao que ele chamou de cerceamento da imprensa. Ele disse também que deve-se evitar os excessos, mas não se pode censurar a imprensa previamente.
Estavam também presentes no debate a presidente da Associação Paraibana de Imprensa (API), Marcela Sitônio, e a promotora da infância e da juventude, Soraya Escorel. Durante o debate todos os convidados concordaram que seria um equívoco do MP impedir o total acesso da imprensa a criminosos, pois segundo Eitel Santiago, na informação jornalística, tem que ser exibido aquele que desrespeitou a lei e a sociedade.
A presidente da API defendeu que haja uma diminuição da espetacularização e da discrepância entre a exibição de presos pobres e ricos. Segundo ela, a mídia costuma esconder os rostos dos criminosos de colarinho branco e exibir o dos pobres que cometem pequenos delitos.
Já Soraya Escorel afirmou que foi correta a intervenção do MP no sentido de que recomendou a não exibição em nenhuma hipótese de crianças e jovens. Ela disse também que acredita que a decisão do MP não teve a intenção de amordaçar a imprensa, mas concorda que a exibição de criminosos adultos não pode ser vedada à sociedade. Paraíba1