sábado, 31 de outubro de 2009

Mais um detento morre no Hospital de Trauma

POLICIAL: 31/10/2009 - Mais um detento da Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, mais conhecida como 'Presídio do Roger' morreu ontem, sexta-feira (30), por causa das queimaduras sofridas há pouco mais de uma semana em um incêndio registrado durante uma rebelião de presidiários, em João Pessoa, na Paraíba.

Melque Rodrigues da Costa, 23 anos, estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (U.T.I) do Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena e não resistiu aos ferimentos.

De acordo com informações do HETSHL, pelo menos 24 presos continuam internados em uma ala de segurança da unidade hospitalar, sendo 11 em estado regular, oito em estado grave e quatro em estado considerado gravíssimo.

Com a morte de Melque Rodrigues, o número de vítimas da rebelião subiu para oito.

Relembrando o caso - A rebelião no presídio do Roger teve início por volta das 8h da sexta-feira (23) e foi contida pelos próprios agentes carcerários. Os detentos atearam fogo em colchões e lençóis presos nas grades das celas. Policiais disseram que alguns dos detentos feridos teriam sido amarrados às grades, supostamente porque eles não teriam apoiado a proposta de rebelião.

Cinco detentos morreram carbonizados durante o motim e pelo menos 40 ficaram feridos.

Policiais militares foram convocados e cercaram a penitenciária. A rebelião teria começado nas celas do Pavilhão 3, com presos revoltados diante da suspensão da visita de familiares.

Outra versão indica que a causa principal da revolta seria a transferência para o presídio PB1, há dois dias, de um detento chamado Jackson, que comandaria na Paraíba a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). O PB1 fica em Jacarapé, Capital.

Jackson estaria articulando ações criminosas a partir do Roger e utilizaria pessoas com as quais mantém contatos em dias de visita.

O incêndio no Pavilhão 3 foi debelado por homens do Corpo de Bombeiros. Junto com agentes penitenciários, os bombeiros derrubaram uma das paredes do pavilhão para resgatar corpos e combater as chamas, ocasionadas pela queima de colchões e lençóis.

Na noite da sexta-feira, o clima de tensão que marcou todo o dia começou a se dissipar. Novos colchões e lençóis foram enviados aos detentos que permaneceram no presídio que não foram atingidos pelas chamas. A parede que teve que ser derrubada para retirada dos detentos das alas incendiadas foi reconstruída, com os serviços finalizados no sábado. Fonte: Portal Correio