sexta-feira, 9 de julho de 2010

Depois de nomear indicações de partidos que aderiram à reeleição, Maranhão reúne secretários e proíbe uso da máquina na campanha


 

POLÍTICA: 09/07/2010 - O governador José Maranhão (PMDB) tomou uma medida acertada nesta sexta-feira. Reuniu todos os auxiliares do primeiro e segunda escalões do governo para proibir o uso da máquina estadual durante a campanha.

Maranhão: faça o que eu digo
Candidato à reeleição e numa postura de estadista, fez discurso legalista para os seus comandados como se todos eles tivessem um desejo íntimo de usar a máquina, aparecendo bem na foto para Justiça Eleitoral.
Na platéia, muito atentos, estavam muitos dos secretários indicados ou nomeados no governo após adesão ao projeto de reeleição do PMDB.
Sinceramente, a legislação eleitoral aperta em alguns pontos e afrouxa em outros. O candidato à reeleição não pode participar de inauguração de obra que fez no próprio governo durante a eleição, mas pode nomear todos aqueles que se incorporam no projeto de reeleição.
Uma reforma política séria iria rever isso. Quem sabe uma lei estilo “anti nepotismo político” pela qual o candidato à reeleição ficaria proibido de nomear, no ano eleitoral, indicações de partidos que se agregam ao projeto situacionista.
É isso ou qualquer outra proposta semelhante. O quadro atual é que, a meu ver, não parece muito equilibrado. Como não o é, claro, o uso de prefeituras aliadas para abarcar indicados de aliados de um candidato majoritário.
Soube, por exemplo, que o PDT, recém aliado do ex-prefeito Ricardo Coutinho, já está de olho em uma das secretarias de prefeitura de João Pessoa.
O mais ético – e equilibrado – seria aguardar eventual vitória do candidato oposicionista no governo para pleitear cargos. Uma vez que não há nada de errado na frase “Quem ajuda a ganhar, tem que participar do governo”.
O erro é permitir o inverso.
Luís Tôrres