NOTÍCIAS: 25/07/2010 - Prazer, aventura, dinheiro, sexo sem limite e drogas. Esses são
alguns dos ingredientes que fazem parte do cardápio de orgias, festas
secretas regadas a muita bebida e sexo liberado que movimentam milhões
de reais e servem não apenas atletas e jogadores de futebol.
Na
Paraíba e em Estados do Nordeste como Pernambuco, Rio Grande do Norte,
Ceará e Bahia, empresários, políticos e assessores, advogados, médicos,
promotores, juízes, cantores, atores e outras celebridades e autoridades
fazem parte de uma seleta lista de “convidados”, que pagam caro por
momentos de prazer, “serviços sexuais” e luxo.
No entanto, nesses encontros secretos, há situações que fogem do controle: há drogas pesadas, como ecstasy, cocaína e LSD, sexo sem proteção, adolescentes aliciadas e exploradas sexualmente e até agressões físicas. Além disso, clientes ricaços pagam até R$ 12 mil por meninas virgens.
No entanto, nesses encontros secretos, há situações que fogem do controle: há drogas pesadas, como ecstasy, cocaína e LSD, sexo sem proteção, adolescentes aliciadas e exploradas sexualmente e até agressões físicas. Além disso, clientes ricaços pagam até R$ 12 mil por meninas virgens.
“Tem um
empresário aqui de João Pessoa que me ofereceu R$ 12 mil para eu
arranjar pra ele uma garota virgem. É um fetiche dele. Não arranjei, mas
sei que meninas menores de 18 anos também participam de orgias”,
revelou Pierre do Valle, que agencia mulheres.
O Jornal Correio
investigou o mundo das orgias, entrevistou meninas e garotos de programa
de luxo, agenciadores de prostitutas e “convidados” que já participaram
dessas festas para descobrir o que se esconde por trás desse misterioso
universo, que é protegido por uma “rede de silêncio”.
Farras sexuais aumentam em ano eleitoral
Um
agenciador, que seleciona garotas de programa de luxo para orgias, em
vários Estados do Nordeste, disse que, por mês, organiza de 10 a 12
festas desse tipo somente em João Pessoa. “Mas em ano eleitoral, aumenta
70% o número de farras sexuais e tem também a participação de
adolescentes”, revelou o agenciador, que se identificou como Pierre do
Valle.
Ele conta que empresários e políticos de vários Estados
da Região estão na lista dos principais clientes dessas festas secretas.
Segundo o agenciador e garotas de programa, orgias de políticos e
empresários chegam a durar até três dias, em granjas, fazendas e casas
luxuosas de veraneio. O cachê das prostitutas de luxo varia de R$ 200 a
R$ 3 mil.
“Os clientes ligam e pedem geralmente de quatro a 10
meninas para orgias aqui em João Pessoa, em Recife (PE), Natal (RN),
Fortaleza (CE), Salvador (BA) ou outras cidades. Selecionamos as mais
bonitas e mandamos. As loiras são as preferidas. Tudo é muito bem
articulado e profissional para garantir o sigilo dos clientes”, afirmou
Pierre do Valle, que teve o verdadeiro nome preservado.
Os
contatos telefônicos são feitos por assessores ou pelos próprios
políticos e empresários. “Tem de tudo, vereadores, prefeitos, deputados,
senadores...”, afirmou Pierre. As farras são regadas a bebidas caras e
drogas pesadas.
Dinheiro público para pagar orgias
Em
ano eleitoral, é grande o “derrame” de dinheiro. Muitas vezes, recursos
públicos. “Os políticos dizem que dinheiro não é problema e que querem
mesmo ‘queimar’ dinheiro. Então, a gente queima”, afirma a garota de
programa Pâmella Torlony, 19 anos, que mora em João Pessoa e é
estudante.
Ela disse que, durante as farras sexuais, clientes
chegam a oferecer até o triplo do cachê para transar sem preservativo,
principalmente depois de usarem drogas. Políticos também fazem farras em
suítes de hotéis de luxo.
“Eles oferecem valores altos pra fazer
sexo sem camisinha. Uma vez, um político abriu uma pasta cheia de
dinheiro e ofereceu para mim e minha colega. Ele queria que a gente
fizesse tudo sem camisinha. Eram uns R$ 10 mil. Mas a gente estranhou a
oferta e não aceitou. Ele deveria ter uma doença muito grave pra
oferecer tanto dinheiro assim para duas prostitutas”, comentou Pâmella,
que mora em João Pessoa.
Seis horas de sexo e drogas
Seis horas de sexo e drogas
Marcelo
Almeida, 45 anos, conta que foi convidado por um amigo, assessor de um
político, para participar de uma festa íntima. A festa era para
comemorar a despedida de solteiro do amigo e aconteceu numa suíte de
luxo de um motel de João Pessoa, com capacidade para 10 ou mais pessoas.
Começou num sábado à tarde e entrou pela noite. Segundo ele, foram
aproximadamente seis horas de farra, regada a sexo sem limite e sem
proteção, bebidas, energético, estimulante sexual e droga.
Na
festa, conta Marcelo, havia cinco garotas de programa, de 20 a 25 anos, e
cinco homens, com idades entre 30 e 45 anos. “Era pra todo mundo se
divertir à vontade. Quando eu e meu amigo chegamos ao motel, os demais
convidados ainda não haviam chegado, mas a suíte já estava toda
preparada, com a churrasqueira pronta, muita cerveja, uísque, vodka e
muito redbull”, afirmou. “Rolou de tudo...Fiz sexo com três das cinco
garotas. Duas delas aceitaram tudo. Houve até sexo sem camisinha”,
revelou.
Cliente não quer usar preservativo
A
prática do sexo anal durante uma orgia é a preferência de praticamente
100% dos homens, como revelam as garotas de programa. O problema,
segundo elas, é que muitos querem fazer o ato sem o uso de preservativo,
acreditando que não correm riscos de contrair Doenças Sexualmente
Transmissíveis (DSTs).
No entanto, a Secretaria Estadual de
Saúde (SES) alerta que existem estudos que apontam que o sexo anal
oferece ainda mais chances de infecção que o vaginal.
“Eles só querem por trás. E essa é umas das coisas que eu não faço e aviso logo no primeiro contato por telefone. Aí ficam insistindo, a proposta vai aumentando e dependendo eu acabo aceitando. Tem casos que eles dobram o preço inicial. Sendo que, quando chega na hora, nem sempre querem usar camisinha”, contou Thaysa Toledo.
“Eles só querem por trás. E essa é umas das coisas que eu não faço e aviso logo no primeiro contato por telefone. Aí ficam insistindo, a proposta vai aumentando e dependendo eu acabo aceitando. Tem casos que eles dobram o preço inicial. Sendo que, quando chega na hora, nem sempre querem usar camisinha”, contou Thaysa Toledo.
Encontros pela internet
Utilizando
o anonimato das salas de bate-papo, internautas dão o primeiro passo
para experiências sexuais reais. “Protegidos” por nomes, idade e
descrições muitas vezes falsas, adolescentes, mulheres e homens,
inclusive casados, revelam suas verdadeiras fantasias e partem para
encontros e aventuras envolvendo mais de duas ou três pessoas.
Se passando por um estudante de João Pessoa, chamado Paulo, de 22 anos, que namora uma jovem de 20, a reportagem obteve depoimentos de pessoas que buscavam encontros secretos com casais e até mesmo combinando orgias com pessoas de vários bairros, que vão se ver pela primeira vez minutos antes de transar.
Se passando por um estudante de João Pessoa, chamado Paulo, de 22 anos, que namora uma jovem de 20, a reportagem obteve depoimentos de pessoas que buscavam encontros secretos com casais e até mesmo combinando orgias com pessoas de vários bairros, que vão se ver pela primeira vez minutos antes de transar.
ORGIA:
Orgias, caracterizadas pela embriaguez, permissividade
sexual, excessos de todos os tipos e travestismo ocasional
correspondem sempre a um "chamado do caos",
e resultam de um enfraquecimento da vontade em aceitar
as normas no seu sentido mais ordinário ou
comum.
As manifestações orgíacas
remontam à pré-história, e exemplos
históricos são as saturnálias
romanas, que deram origem ao carnaval de nossos dias.
Nessas festividades desinibidas, a tendência
geral é "confundir as formas" através
da inversão dos padrões sociais de moral,
a justaposição ou equiparação
de opostos e a libertação das paixões
- inclusive no seu sentido ou capacidade destrutiva.
Mais do que situações coletivas de prazer
ou licenciosidade, as orgias simbolizam a necessidade
ocasional de romper a ordem estabelecida para que
se restabeleça um caos parcial dos sentidos
e, em seguida, uma nova ordem revigorada.