Zenóbio Toscano |
NOTÍCIAS: 28/07/2010 - O deputado estadual Zenóbio Toscano (PSDB) trocou na manhã desta
quarta-feira sua fleuma habitual para fazer contundente discurso na
tribuna da Assembleia Legislativa da Paraíba acusando o governador José
Maranhão (PMDB) de promover verdadeira farra em contratações de
prestadores de serviço em troca de apoios políticos e voto.
Ele mostrou certidões recentes do Tribunal de Contas do Estado
atestando que em dezembro de 2008 o governo tinha 19 mil prestadores de
serviço. E que em junho deste ano o número já estava na casa dos 31 mil,
onerando a folha de pessoal em R$ 10 milhões mês.
“É um flagrante abuso do poder que desequilibra qualquer pleito e
que as autoridades compententes tem que estar atentas”, disparou o
deputado tucano da tribuna. Segundo ele, além do inchaço, o governo
exonerou e substitui os prestadores de serviço que estava na gestão
passada.
“Ao final, na verdade, são 31 mil contratações de prestadores de
serviço, chegando a um número que vai rapidamente ultrapassar a
quantidade de servidores do quadro efetivo”, disse o parlamentar, que
cobrava apuração a todo tempo.
Segundo ele, os números revelam incoerência já que o governo não
concede aumento aos defensores públicos nem convoca os aprovados em
concurso alegando que está acima dos limites da Lei de Responsabilidade
Fiscal em gastos com pessoal.
Exaltado, o deputado cobrou medida do Ministério Público Estadual.
“O Ministério Público vem cobrando que as prefeituras exonere servidores
não efetivos para realizar concursos, mas fecha os olhos para o
governo”, provocou.
Logo depois, o deputado Gervásio Maia (PMDB), líder do governo na
Assembleia, subiu à tribuna para contestar alguns números de Zenóbio.
Ele disse que na verdade o governo Maranhão trocou prestadores de
serviço “fantasmas” por funcionários que efetivamente trabalham. Mas
admitiu que houve aumento de cinco mil PS. “Claro, temos mais de mil
escolas em todo o Estado e estamos atingindo bons índices na educação”,
justificou.
Em seu discurso, Zenóbio Toscano provocou a bancada governista.
“Estão querendo realizar sessões em defesa do voto consciente. Isso é
voto consciente? Essas nomeações desenfreadas de filhos de prefeitos e
aliados políticos pode ser considerado voto consciente?”, questionou.
"Isso é comprar mandato com dinheiro público", acusou.
A discussão e provocação levantadas por Zenóbio Toscano merece
atenção. Esforço em vão. Certamente, não darão em nada. Porque a
Justiça, como se diz, é cega.
ABAIXO, CERTIDÃO DO TCE APRESENTADA POR ZENÓBIO TOSCANO:
Luís Tôrres