CIDADES: 28/07/2010 - O reitor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Thompson
Mariz, assegurou, nesta terça-feira (27), durante a reunião do Conselho
Pleno da instituição, que o curso de Medicina do campus de Cajazeiras
não será impugnado pelas razões apresentadas no parecer da Secretaria de
Educação Superior do MEC.
Segundo o reitor, que fez questão de
tranqüilizar toda a comunidade acadêmica e sociedade civil de Cajazeiras
quanto ao problema, os dados utilizados pela referida Secretaria não
refletem a realidade do campus e muito menos as atividades do curso,
avaliado como satisfatório pelo Inep - Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, em junho deste ano, quando o
Instituto também lhe atribuiu Conceito 3.
“É preocupante a insegurança que provoca na comunidade acadêmica e na população sertaneja a possibilidade de impugnação do curso. Mas podemos assegurar que o curso não sofrerá qualquer interferência no seu andamento nem virá a ser fechado”, disse Thompson, explicando que as informações levadas em consideração pelo MEC foram as do Conselho Nacional de Saúde (CNS), em relatório realizado no começo do ano passado.
“É preocupante a insegurança que provoca na comunidade acadêmica e na população sertaneja a possibilidade de impugnação do curso. Mas podemos assegurar que o curso não sofrerá qualquer interferência no seu andamento nem virá a ser fechado”, disse Thompson, explicando que as informações levadas em consideração pelo MEC foram as do Conselho Nacional de Saúde (CNS), em relatório realizado no começo do ano passado.
“Essas informações
estão defasadas. No quesito corpo docente, por exemplo, o curso de
Medicina tinha, no ano passado, 33 professores. Hoje, são 57”, disse o
reitor, lembrando que a liberação de concursos e autorização de
contratação era de competência do próprio MEC, até o ano passado.
O relatório da Secretaria de Educação Superior do MEC surpreendeu toda comunidade acadêmica do campus de Cajazeiras, que diante da satisfatória avaliação do Inep, parece não acreditar no que lhe foi apresentado.
O relatório da Secretaria de Educação Superior do MEC surpreendeu toda comunidade acadêmica do campus de Cajazeiras, que diante da satisfatória avaliação do Inep, parece não acreditar no que lhe foi apresentado.
“O
parecer do Conselho Nacional de Saúde é antigo e não poderia servir de
base para o parecer da Secretaria. Já a Comissão do Inep, que verificou
nossas instalações e demais requisitos in loco há menos de dois meses e
confeccionou relatório a respeito, foi capaz de comprovar nossa
capacidade para o funcionamento do curso”, argumenta Cezário de Almeida,
diretor do Centro de Formação de Professores (CFP) do campus de
Cajazeiras. O Conceito Preliminar de Curso (CPC) do MEC varia de 1 a 5.
Já
o diretor-geral do Hospital Regional de Cajazeiras (HRC), Antônio
Fernandes Filho, que também é professor do curso de Medicina, afirma que
os avanços no atendimento das recomendações do próprio Ministério,
apresentadas à comissão do Inep em junho deste ano, como por exemplo, a
adequação do HRC em hospital-escola, são posteriores ao relatório do
CNS.
“No relatório do Conselho Nacional de Saúde, o HRC
possui apenas 62 leitos, quando na realidade hoje existem 150 leitos. O
Hospital Infantil tem mais 40 e ainda existe uma autorização da
Secretaria de Saúde para aumento do número de leitos do Hospital Geral
para 200 leitos”, alega o diretor.
Ainda segundo ele, a esses
dados desatualizados, ainda podem ser acrescentados o incremento na
alocação de recursos, por parte do governo estadual de R$ 100 mil para
R$ 500 mil mensais, e a implantação de três programas de residência
médica e mais duas propostas de criação, que já foram encaminhadas.