Durante a convenção, foram eleitos 119 integrantes do Diretório Nacional, que escolheram os 24 membros da Executiva Nacional, uma chapa única encabeçada por Temer. A disputa pela vice-presidência da legenda, que estava dividida entre os senadores Valdir Raupp (RO) e Romero Jucá (RR), foi resolvida com um acordo para que Raupp ocupasse a posição. Ele deverá assumir interinamente o comando do partido, caso Temer se licencie do cargo durante a campanha ao Palácio do Planalto.
Líderes do partido reforçaram a proposta de aliança com o PT, entre eles os ministros das Comunicações, Hélio Costa, da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, de Minas e Energia, Edison Lobão, e governadores peemedebistas: Sérgio Cabral (RJ), Paulo Hartung (ES), André Pucinelli (MS), Eduardo Braga (AM) e Carlos Gaguin (TO). O governador de Tocantins afirmou seu apoio à união entre Dilma e Temer em uma faixa exposta no auditório que abrigou o evento.
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, que também é cotado para vice de Dilma pelo PMDB, compareceu à convenção, que classificou de "pacífica". "É uma convenção pacífica, para a eleição da Executiva. A unanimidade muitas vezes não é sequer desejada. É normal que haja debate político."
"O vice da Dilma é o Michel Temer, que recebeu meu apoio e o do PMDB", disse ainda o ministro das Comunicações, Hélio Costa.
O governador do Rio, Sérgio Cabral disse que "a delegação do Rio de Janeiro defende que o projeto (nacional) continue com uma aliança com a Dilma e com a indicação de um nome do PMDB. Particularmente, eu defendo o Temer para vice para, com isso, consolidar as transformações que o Brasil conquistou nos últimos oito anos sob a liderança do presidente Lula".
O presidente do Senado Federal, José Sarney (AP), destacou a importância do apoio peemedebista ao governo Lula e falou sobre a aliança para a campanha eleitoral. "Vamos aceitar o desafio de construir, juntos, a continuidade dos programas sociais nesse novo patamar que o Brasil alcançou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva".
O ministro das Relações Institucionais do governo Lula, Alexandre Padilha, esteve ao lado de Temer durante o encerramento da convenção. "Na aclamação do resultado da convenção do PMDB: chapa única com grande comparecimento", disse Padilha em seu microblog na internet.
Unidade - Temer afirmou a unidade do partido, destacando os 591 votos a favor do diretório: "vamos sair daqui com duas palavras básicas: unidade - que se verifica neste momento - e programa para o País - que nós vamos realizar ao longo do tempo", disse Temer, que já ocupa a presidência do partido desde 2001.
Nesta sexta-feira, uma ala do partido tentou cancelar a convenção, por meio de liminar. O grupo é contrário à aliança com o PT, por defender candidatura própria, representada pelo governador do Paraná, Roberto Requião. Ele lançou sua pré-candidatura à Presidência em dezembro passado.
A liminar foi derrubada já na madrugada deste sábado, pelo Superior Tribunal de Justiça. Durante a convenção, vários membros do partido discursaram a favor da candidatura própria. Fonte: Portal Terra