Paulo Octávio já havia entregue sua carta de desfiliação do DEM ao deputado Rodrigo Maia (RJ), líder do partido na Câmara.
A desfiliação era dada como certa, mas poucos esperavam que ele renunciasse hoje. O DEM já tinha dado o prazo até quarta-feira (24) para que Paulo Octávio tomasse sua decisão pela desfiliação do partido ou pela renúncia ao governo. Caso nenhuma das decisões fosse anunciada, já havia consenso dentro do partido para a expulsão sumária do governador em exercício, que assumiu o poder após a prisão de José Roberto Arruda - que já havia se desfiliado do próprio DEM em dezembro, logo no começo do escândalo de corrupção. Arruda está preso em caráter cautelar, desde o dia 11, na superintendência da Polícia Federal (PF) acusado de obstruir as investigações.
Os dois são alvos de processos de impeachment. A base aliada, agora, compartilha da opinião da oposição, de que Arruda e Paulo Octávio não têm mais condições políticas de ficar à frente do Distrito Federal. A expectativa é de que os processos cheguem ao plenário da Casa dentro de 40 dias. Os dois são citados como beneficiários de um esquema de corrupção no governo local, conhecido como "Mensalão do DEM".
Paulo Octávio chegou a redigir uma carta de renúncia e a submeteu a vários políticos na semana passada. Mas, contrariando as expectativas, desistiu de renunciar, alegando que não poderia deixar com que o Distrito Federal sofresse uma intervenção.
Com Agência Estado