Em entrevista ao Paraíba1, Cássio foi enfático e disse que um de seus maiores erros de sua gestão foi não ter feito mais propagandas das ações de seu Governo. Segundo ele, o objetivo seria mostrar que as obras em andamento na atual gestão, que classifica de retrógrada, foram iniciadas em seu mandato.
Cássio não poupou críticas ao adversário peemedebista e lembrou que a maioria das ações realizadas no atual Governo só são possíveis graças ao equilíbrio fiscal conquistado em sua gestão. “Se hoje Maranhão consegue empréstimos para investir no Estado é porque no começo do meu governo eu destinava 15% da Receita para pagamento de dívida, o que resultou no equilíbrio fiscal”, frisou.
Depois de cassado ele ficou quase um ano calado, mas planeja voltar a vida pública no Senado Federal. O tucano adotou o “Deixa Maranhão Trabalhar” e só quebrou o silêncio no começo deste ano quando anunciou sua vontade de derrubar o Governo instalado e ser candidato ao Senado.
Como força política inquestionável que é, abriu uma discordância interna no PSDB quando anunciou que defende a unidade das oposições e elegeu o atual prefeito como a melhor alternativa para a Paraíba. O discurso de união das oposições resultou no seu “divórcio” com Cícero Lucena, que até agora garante a pré-candidatura, e, sem dúvida, fragiliza a grande aliança que impediria Maranhão de governar o Estado pela quarta vez.
Após a cassação foram duas viagens aos Estados Unidos. Quando questionado se seria justa uma segunda viagem no Carnaval em meio à situção de correligionário que está em pré-campanha em tempo em que alianças estão se definindo, Cássio irritou-se e disse que não abandonou amigos, apena fez uma viagem privada com os parentes e que não é obrigado a fazer política no Carnaval.
Na próxima segunda-feira (1) um grande encontro vai marcar a primeira reunião das oposições, mas algumas lideranças prometem não comparecer, como Armando Abílio (PTB), o próprio Cícero Lucena e a liderança jovem do PSDB. Quando perguntado se a demora nessas indefinições estaria fragilizando o seu grupo, o ex-governador destacou que a campanha efetivamente ainda não começou, e que até o meio do ano tudo estará pronto para ir às ruas. Fonte:Tatiana Ramos