sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Couto diz que PT desmente "informação falsa" difundida na PB

POLÍTICA: 19/02/2010 - No primeiro dia de sessões deliberativas do 4º Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores, que vem sendo realizado desde ontem em Brasília, o deputado federal Luiz Couto (PT) declarou nesta sexta-feira (19) que a decisão nacional de não definir o PMDB como aliado prioritário da legenda não deixa de ser uma resposta a todos aqueles petistas paraibanos (ligados principalmente ao deputado estadual Rodrigo Soares) que alardearam esta “falsa informação” como verdade absoluta.

O congresso do partido tem o objetivo de definir as diretrizes do PT para as eleições gerais de outubro e vai ser encerrado no domingo (21) com a publicação de um documento em que todas estas posturas partidárias serão expostas. Na plenária desta sexta, portanto, prevaleceu a tese majoritária de que não deve constar no texto final deste documento a ideia de que o PT deve se aliar prioritariamente ao PMDB.

Diante da decisão, Luiz Couto comemorou e disse que ninguém consegue fazer política e alianças sem renúncias. “O PMDB quer tudo para ele, mas não oferece nada em troca para o PT. O partido quer a vaga de vice-presidente na chapa de Dilma, mas em dez estados brasileiros os peemedebistas apoiam o candidato de oposição”, disparou.

No sentido oposto, ele disse que se o PT quer convencer o deputado federal Ciro Gomes (PSB) a desistir de seu objetivo em ser candidato à Presidência da República, a legenda tem que oferecer contrapartidas ao Partido Socialista Brasileiro.

E aproveitando a deixa, ele mais uma vez apoia a candidatura do prefeito pessoense Ricardo Coutinho ao Governo da Paraíba. “Eu defendo a tese de que o PSB deve desistir da Presidência e em contrapartida o PT apoiaria os socialistas nos estados onde eles têm chance. Se querem tirar Ciro da corrida presidencial, que apoiem o PSB em estados nordestinos como Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba”, defendeu Couto.

De toda forma, o religioso volta a dizer que ainda existe tempo para este tipo de debate e avisou que os estados não vão definir as alianças sem antes ter o aval do diretório nacional. “Ainda tem muita coisa pela frente antes da decisão final”, concluiu.

Por Phelipe Caldas