O congresso do partido tem o objetivo de definir as diretrizes do PT para as eleições gerais de outubro e vai ser encerrado no domingo (21) com a publicação de um documento em que todas estas posturas partidárias serão expostas. Na plenária desta sexta, portanto, prevaleceu a tese majoritária de que não deve constar no texto final deste documento a ideia de que o PT deve se aliar prioritariamente ao PMDB.
Diante da decisão, Luiz Couto comemorou e disse que ninguém consegue fazer política e alianças sem renúncias. “O PMDB quer tudo para ele, mas não oferece nada em troca para o PT. O partido quer a vaga de vice-presidente na chapa de Dilma, mas em dez estados brasileiros os peemedebistas apoiam o candidato de oposição”, disparou.
No sentido oposto, ele disse que se o PT quer convencer o deputado federal Ciro Gomes (PSB) a desistir de seu objetivo em ser candidato à Presidência da República, a legenda tem que oferecer contrapartidas ao Partido Socialista Brasileiro.
E aproveitando a deixa, ele mais uma vez apoia a candidatura do prefeito pessoense Ricardo Coutinho ao Governo da Paraíba. “Eu defendo a tese de que o PSB deve desistir da Presidência e em contrapartida o PT apoiaria os socialistas nos estados onde eles têm chance. Se querem tirar Ciro da corrida presidencial, que apoiem o PSB em estados nordestinos como Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba”, defendeu Couto.
De toda forma, o religioso volta a dizer que ainda existe tempo para este tipo de debate e avisou que os estados não vão definir as alianças sem antes ter o aval do diretório nacional. “Ainda tem muita coisa pela frente antes da decisão final”, concluiu.