quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Hoje completa um ano da cassação de Cássio Cunha Lima

Primeiro governador cassado da Paraíba quer disputar mandato de senador
CORRUPÇÃO ELEITORAL: 17/02/2010 - Nesta quarta-feira, dia 17, completam dois anos que a Paraíba assistiu a primeira cassação de um governador. Nesse mesmo dia em 2009, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassava o mandato de Cássio Cunha Lima (PSDB) e do vice José Lacerda Neto (DEM), por abuso de poder econômico e condutas vedadas aos agentes públicos. Cunha Lima já havia sido cassado em 30 de julho de 2007 pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, acusado de distribuir cerca de 35 mil cheques da FAC com eleitores carentes. O então governador utilizou de todas as medidas possíveis para adiar o juízo final do TSE. Impetrou vários recursos, arguiu suspeição de juízes, manifestou embargos contra decisões do TSE e foi até ao Supremo Tribunal Federal. Tentativas em vão. Escândalos Além do Caso FAC, Cássio Cunha Lima ainda protagonizou na campanha de 2006 o escândalo dos envelopes amarelos e o famoso episódio do "Dinheiro Voador, do Edíficio Concorde. No primeiro, a Polícia Rodoviária Federal apreendeu na BR-230 um carro conduzido por funcionários do Governo. No veículo foram encontrados diversos envelopes amarelos recheados de dinheiro e com destino certo: cabos eleitorais e lideranças do interior do Estado. Há poucos dias da eleição, fiscais da Justiça Eleitoral encontraram na sala do empresário Olavo Cruz diversos indícios de que no local funcionava um escritório de campanha e núcleo de compra de votos. Foram apreendidos documentos, listas e contas de água e luz de eleitores. Antes da Polícia chegar, malas de dinheiro foram jogadas pela janela. Turbulências A cassação de Cássio Cunha Lima foi marcada por muita turbulência. Antes de ser cassado definitivamente, o governador mandou para a Assembleia vários projetos de cargos e carreira, além de outras proposituras, indicando intenção de inviabilizar o governo do sucessor. Para aprovar as matérias do Governo imininente de ser cassado, a base governista realizou 17 sessões num dia. Chegou a faltar luz no plenário. Os deputados continuaram os trabalhos a luz de velas. Novo quadro O afastamento de Cássio do poder inaugurou um novo xadrez político eleitoral na Paraíba. O PMDB voltou ao comando administrativo do Estado, com a ascenção de José Maranhão. O Partido dos Trabalhadores pela primeira vez garantiu espaço no Palácio da Redenção com Luciano Cartaxo na vice de Maranhão. Suplentes que ocupavam vagas na Assembleia tiveram que deixar o parlamento, com a volta de deputados licenciados para ocupar cargos na gestão Cássio. Longe do poder, Cássio articula sua candidatura ao senado da República. Sem o domínio da máquina, optou por apoiar a candidatura de Ricardo Coutinho (PSB) ao Governo do Estado, em detrimento do colega de partido Cícero Lucena. Da redação com MAISPB