A TV Assembleia exibe, nesta
segunda-feira (27), o “Programa Impressões” que trata da vida e obra de um dos
maiores economistas do Brasil, com projeção internacional, o paraibano Celso
Furtado, que este ano completaria 100 anos. O documentário será exibido às 19h
tratando do legado, economia e homenagens do Conselho Regional de Economia na
Paraíba (Corecon), ao economista nascido na cidade de Pombal.
O legado deixado por Celso
Furtado será abordado no programa desta segunda-feira pelo presidente do
Corecon, Celso Mangueira, e pelo filho do homenageado, André Tosi Furtado, que
é professor-doutor em ciências econômicas da Universidade de Campinas
(Unicamp). Um segundo capítulo do “Programa Impressões” sobre o economista
paraibano será exibido ainda esta semana pela TV Assembleia com a participação
da conterrânea de Furtado, a deputada Pollyanna Dutra – que propôs a realização
da Sessão Especial –, com o historiador José Octávio de Arruda Melo e com Sofia
Furtado, neta do economista paraibano.
Durante toda a semana, a
Assembleia Legislativa da Paraíba está homenageando o paraibano, dentro do “Ano
Celso Furtado”, com uma série de atividades, que culminará com uma Sessão Especial
na próxima sexta-feira (31). Os eventos destacam a importância do economista
paraibano para o desenvolvimento econômico do Estado, do Nordeste e do Brasil.
No último domingo (26), a TV
Assembleia estreou um mini documentário: Mestre Furtado – Um Regionalista Além
dos Sertões, que contou a trajetória pessoal e profissional do economista.
Sessão Especial
Na sexta-feira (31), será
realizada a sessão especial em comemoração ao centenário de Furtado. A sessão
especial será realizada por meio de sistema de videoconferência, às 9h, e
contará com a presença dos deputados, familiares, amigos e estudiosos da área
econômica.
“Vamos participar dessa
sessão com a maior satisfação, com a maior boa vontade, pois é uma grande honra
para todos nós registrar na história do Poder Legislativo uma homenagem a esse
grande paraibano, que marcou o nosso país com a seu profissionalismo”, destacou
o presidente da Casa, Adriano Galdino.
A deputada Pollyanna Dutra,
autora da propositura, ressaltou a relevância do economista para o país. “Ele
conheceu a crueza do inóspito Sertão Paraibano, vivendo na pele suas
dificuldades, como a seca. Isso aguçou sua sensibilidade no desenvolvimento de
pensamentos voltados para a região”, disse. A parlamentar integra o Fórum Celso
Furtado de Desenvolvimento da Paraíba e é autora da lei 11.505/2019, que
institui 2020 como “Ano Celso Furtado”.
As homenagens também têm
espaço nas redes sociais do Legislativo Paraibano com postagens sobre a
história e curiosidades do economista.
O documentário que conta a
trajetória pessoal e profissional do economista, bem como os “Programas
Impressões” foram produzidos pela equipe da TV ALPB e tem direção e roteiro do
jornalista Eri Alves, produção de Carlos Toca e Wellyton Queiroz. O material
também será exibido em uma versão compacta, durante a sessão especial da Casa.
O telespectador pode
acompanhar a TV Assembleia através do canal 40.2 (TV aberta) 14.2 (Patos e
Região – TV aberta), pelo canal 11 na net e 340.2, na Sky, GVT e Claro.
Sobre Celso Furtado
Celso Monteiro Furtado foi
um economista brasileiro e um dos mais destacados intelectuais do país ao longo
do século XX. Suas ideias sobre o desenvolvimento econômico e o
subdesenvolvimento enfatizavam o papel do Estado na economia, com a adoção de
um modelo de desenvolvimento econômico de corte pré-keynesiano. Nascido em
Pombal (Paraíba), se estivesse vivo Celso Furtado completaria 100 anos neste
domingo (26).
Doutor em economia da
Universidade de Paris-Sorbonne em 1948, Celso Furtado integrou a Comissão Econômica
para a América Latina (CEPAL), órgão das Nações Unidas, em 1949; foi diretor do
Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico em 1953; fundador da
Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste, em 1959; e foi nomeado o
primeiro Ministro do Planejamento do Brasil, em 1962.
Em 1964, perdeu os direitos
políticos devido ao Ato Institucional n° I, durante a ditadura. De 1964 a 1979,
viveu no exterior, foi pesquisador graduado do Instituto de Estudos do
Desenvolvimento da Universidade de Yale, foi professor efetivo de Economia do
Desenvolvimento e Economia latino-americana na Faculdade de Direito e Ciências
Econômicas da Sorbonne, e também visitou diversos países em missão das Nações
Unidas.
Celso também foi ministro da
Cultura, durante os anos de 1986 a 1988. Em 2004, o economista morreu no Rio de
Janeiro, devido a um ataque cardíaco.
Assessoria - ALPB