Consagrado entre os
principais festivais de cinema do Nordeste, evento terá edição adaptada à
pandemia
Em 2020, o Fest Aruanda do
Audiovisual Brasileiro comemora a sua 15ª edição. Em um cenário de pandemia, o
evento acontecerá de 3 a 10 de dezembro com uma programação adaptada que seguirá
todas medidas de segurança e higienização para prevenir o contágio do novo
coronavírus. Este ano, além da celebração de 15 anos do evento, será comemorado
60 anos do filme que dá nome ao Festival – Aruanda - e a data que marcaria os
90 anos de Linduarte Noronha, pernambucano erradicado na Paraíba que se
transformou em uma referência nacional do documentarismo moderno.
Acreditando no potencial do
cinema nacional, Lúcio Vilar, diretor executivo do Fest Aruanda, pontua a
importância da valorização do segmento e investe a sua vida neste universo,
sendo ainda mais especial o audiovisual com sotaque paraibano.
Em entrevista exclusiva, o
cineasta revela as expectativas e como será esta edição, comenta a interface
digital do evento e as iniciativas para estabelecer parcerias internacionais.
Lúcio é professor universitário, jornalista, produtor-executivo do evento e
carrega uma paixão pelo audiovisual em todas as atividades a que se dedica.
Doutor em Meios e Processos Audiovisuais pela Escola de Comunicações e Artes da
Universidade de São Paulo (ECA-USP), ele é também professor do Departamento de
Mídias Digitais da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) desde 2002.
Confira na íntegra:
O que o público pode esperar
desta edição histórica do Fest Aruanda?
Será uma edição muito
especial para o Festival Aruanda. Estaremos comemorando 15 anos de história, o
que é momento de celebração muito importante para nós, que acompanhamos a
evolução do audiovisual na Paraíba durante essa década e meia.
O Festival foi uma
plataforma para escoar toda essa produção local como uma vitrine muito
importante e se tomarmos cada ano, é possível perceber essa linha evolutiva em
ascensão até chegarmos a esse momento de consolidação, não apenas do evento,
mas também deste patamar de qualidade e excelência da produção cinematográfica
de curta e longa metragem.
Além dos 15 anos, nós
também, por dever de justiça, vamos comemorar os 60 anos do filme Aruanda, que
dá nome ao festival e é, no Brasil, o único que tem nome de filme. A Paraíba
está presente lá em 1960 com este filme realizado pelo pernambucano erradicado
aqui no estado, Linduarte Noronha, que se transformou em uma referência
nacional do documentarismo moderno. Então, este ano, iremos celebrar esses 60
anos do filme e também, lembrar a data em que Linduarte Noronha faria 90 anos.
Por isso, será uma edição com sessões especiais e muitas emoções.
Como está sendo essa
interface digital com lives e bate papos com grandes nomes do nosso cinema?
Já estamos trabalhando, as
inscrições estão abertas até o dia 11 de agosto, tanto para longa, quanto para
curta. Temos um mês de inscrições e até agora 350 inscrições, o que nos faz
acreditar na superação do número de inscrições para esse ano. Estamos
realizando as Lives de Cinema, já tivemos a presença de Maria do Rosário
Caetano, Edson Lemos, um jovem cineasta paraibano, recém formado no curso de
Cinema, pela UFPB, Suzana Lira, Mayana Neiva, e teremos Bárbara Paz ainda esse
mês, Marcos Vilar, Bertrand. As lives acontecem nas quintas às 17h, já fazem
parte da ação do Festival Aruanda, a partir do projeto “Aruandando no Campus”.
Sobre a parceria
internacional, que é algo inédito no Aruanda, quais são suas expectativas?
Entre algumas novidades,
estamos construindo uma proposta junto com a Universidade Lusófona de Portugal,
nós estabelecemos o intercâmbio entre ela e o Festival Aruanda, através do
projeto de extensão universitária “Aruandando no Campus”, que está realizando
lives, podcasts e outras ações digitais. Estamos unidos a eles, para que o
Festival tenha um braço internacional. Então, deveremos ter na edição de 2020,
filmes de curta e até de longa metragem europeus, portugueses e ou da União
Europeia, o que é algo que está sendo nesse momento discutido, amadurecido, mas
tememos essa parceria internacional esse ano. Não temos tantos detalhes ainda,
porque é um processo que ainda estamos discutindo.
Neste cenário de pandemia,
como será realizada esta edição do evento?
Como o evento acontece no
mês de dezembro, temos a esperança de que até lá as coisas estejam mais
tranquilas e confortáveis. É fato que não será como antes, mas desejamos
realizar o Festival no cinema, com uma capacidade reduzida e seguindo todos os
protocolos de higiene em todos os processos. Queremos acreditar que isso será possível.
Por outro lado, temos o
modelo drive-in que está sendo retomado em várias cidades, o que é uma
possibilidade completa. Há também a alternativa de exibição ao ar livre, na
praia, por exemplo. Independente do formato, o Festival vai acontecer. São 15 anos,
uma data muito importante e estamos trabalhando muito para realizar da melhor
forma em um desses cenários ou em um modelo misto, que será definido mais
próximo.
Serviço:
15ª Edição do Fest Aruanda
Data: de 3 a 10 de dezembro
Inscrições e informações:
www.festaruanda.com.br e instagram @festaruanda
Local: Cinépolis (Manaíra
Shopping)
Assessoria