Em pronunciamento durante mais uma sessão
remota do Senado Federal, o Senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) manifestou
a sua preocupação com o propósito do governo federal de privatizar grandes
empresas estatais nos próximos 90 dias, mesmo em meio à crise provocada pela
pandemia do novo coronavírus, como anunciou semana passada o ministro da
Economia, Paulo Guedes.
O parlamentar paraibano se posicionou contra
as privatizações de empresas consideradas como verdadeiros patrimônios do país,
o que, segundo ele, poderá causar danos irreparáveis à sociedade, só favorecendo
grandes conglomerados do setor privado, que passarão a abocanhar os serviços
realizados, hoje, por empresas públicas eficientes.
— Nós não podemos, neste período em que não
estamos presencialmente no Senado, permitir que o governo atropele, como fez no
caso do marco regulatório do saneamento [PL 4.162/2019], abrindo para que as
empresas privadas simplesmente tomem e abocanhem todos aqueles serviços
prestados pelas empresas públicas eficientes — afirmou.
O senador reafirmou, de forma enfática, que
continuará atuando em favor do patrimônio público e que defende que sejam
criadas condições para que o Brasil evolua na questão do saneamento e em outros
setores, mas sem perdas à responsabilidade da função social que tem as empresas
públicas.
“Vamos estar atentos e em alerta; e não
permitiremos conceber que o governo federal simplesmente desconheça que é
preciso fazer esse bom debate”, enfatizou.
Máscaras e álcool gel para comunidades
carentes – Durante o pronunciamento, o senador paraibano também pediu a
aprovação, pelo Senado, do Projeto de Lei (PL) 3.229/2020, de sua autoria, que
autoriza as prefeituras a utilizar os recursos do Sistema Único de Assistência
Social (Suas) para adquirir álcool em gel, máscaras e outros insumos utilizados
na prevenção do coronavírus.
O parlamentar destacou que esses insumos
seriam doados a comunidades carentes, que não têm condições financeiras de
adquiri-los Ele argumenta que essa seria uma medida importante para reduzir a
disseminação da pandemia.
Assessoria de Imprensa