segunda-feira, 13 de julho de 2020

Em pronunciamento no Senado, Veneziano manifesta preocupação com proposta do governo de privatizar grandes estatais em 90 dias


Em pronunciamento durante mais uma sessão remota do Senado Federal, o Senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) manifestou a sua preocupação com o propósito do governo federal de privatizar grandes empresas estatais nos próximos 90 dias, mesmo em meio à crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, como anunciou semana passada o ministro da Economia, Paulo Guedes.

O parlamentar paraibano se posicionou contra as privatizações de empresas consideradas como verdadeiros patrimônios do país, o que, segundo ele, poderá causar danos irreparáveis à sociedade, só favorecendo grandes conglomerados do setor privado, que passarão a abocanhar os serviços realizados, hoje, por empresas públicas eficientes.

— Nós não podemos, neste período em que não estamos presencialmente no Senado, permitir que o governo atropele, como fez no caso do marco regulatório do saneamento [PL 4.162/2019], abrindo para que as empresas privadas simplesmente tomem e abocanhem todos aqueles serviços prestados pelas empresas públicas eficientes — afirmou.

O senador reafirmou, de forma enfática, que continuará atuando em favor do patrimônio público e que defende que sejam criadas condições para que o Brasil evolua na questão do saneamento e em outros setores, mas sem perdas à responsabilidade da função social que tem as empresas públicas.

“Vamos estar atentos e em alerta; e não permitiremos conceber que o governo federal simplesmente desconheça que é preciso fazer esse bom debate”, enfatizou.

Máscaras e álcool gel para comunidades carentes – Durante o pronunciamento, o senador paraibano também pediu a aprovação, pelo Senado, do Projeto de Lei (PL) 3.229/2020, de sua autoria, que autoriza as prefeituras a utilizar os recursos do Sistema Único de Assistência Social (Suas) para adquirir álcool em gel, máscaras e outros insumos utilizados na prevenção do coronavírus.

O parlamentar destacou que esses insumos seriam doados a comunidades carentes, que não têm condições financeiras de adquiri-los Ele argumenta que essa seria uma medida importante para reduzir a disseminação da pandemia.


Assessoria de Imprensa