O ex-presidente antecipa que o PT deve ter como alvo nas discussões eleitorais as críticas ao governo “neoliberal” do PSDB, lembrando a privatização das estatais e a suposta inação na área social. FHC, no entanto, afirma que os dados dizem outra coisa.
“Há três semanas Lula disse que recebeu um governo estagnado, sem plano de desenvolvimento. Esqueceu-se da estabilidade da moeda, da lei de responsabilidade fiscal, da recuperação do BNDES, da modernização da Petrobras, que triplicou a produção depois do fim do monopólio e, premida pela competição e beneficiada pela flexibilidade, chegou à descoberta do pré-sal”, diz FHC no texto.
A crítica do tucano é por uma suposta “autoglorifação” de Lula, que pratica uma espécie de terrorismo eleitoral. “Houve quem dissesse “o Estado sou eu”. Lula dirá, o Brasil sou eu! Ecos de um autoritarismo mais chegado à direita”, escreve.
Na sexta-feira (5), em evento em São Paulo, o governador José Serra (PSDB), pré-candidato tucano à Presidência, já havia feito a ligação de Lula com atitudes autoritárias. Na ocasião, Serra criticou ponto do Plano Nacional de Direitos Humanos que, segundo ele, lembra restrições da época da ditadura militar.
Antecipando o embate PSDB-PT que acontecerá durante a campanha eleitoral, FHC diz “não temer o passado” e que a briga eleitoral deverá ser boa. “Eleições não se ganham com o retrovisor. O eleitor vota em quem confia e lhe abre um horizonte de esperanças. Mas se o lulismo quiser comparar, sem mentir e sem descontextualizar, a briga é boa. Nada a temer.” Fonte: R7