Próxima fase da Operação
Andaime tem tirado o sono de muitos gestores no Sertão paraibano.
A 4ª Fase da “Operação
Andaime”, criada para desarticular empresas fantasmas que fraudavam licitações
em prefeituras municipais, pode alcançar 80 municípios paraibanos. Logo mais às
10hs00, desta sexta-feira (26), o procurador-geral de Justiça do Ministério
Público da Paraíba (MPPB), Bertrand de Araújo Asfora, concede entrevista à
imprensa e anuncia data de realização da operação, cujo trabalho é realizado em
parceria com a Polícia Federal, o Ministério Público Federal, Controladoria
Geral da União, Gaeco e a Polícia Militar.
Bertrand Asfora compara a
Operação Andaime a Operação Laja Jato, que descobriu esquema de corrupção na
Petrobras. “A Operação Andaime é a Laja Jato da Paraíba”, disse sem querer
adiantar se vai haver mais prisões. O procurador-geral de Justiça do MP detalhar
as ações desenvolvidas na terceira fase da ‘Operação Andaime’, deflagrada no
dia 18 de fevereiro quando seis pessoas foram presas, entre as quais a prefeita
de Monte Horebe, Cláudia Dias e seu esposo, o Secretário de Obras - Fábio
Barreto Vieira. Também foram cumpridos cinco conduções coercitivas e 27
mandados de busca e apreensão nos municípios paraibanos de Cajazeiras, Monte
Horebe, Bonito de Santa Fé e Uiraúna.
Na terceira fase da
Andaime, foi comprovada a existência de uma organização criminosa do colarinho
branco levada a cabo por Francisco Justino do Nascimento, vulgo “Deusimar”, sua
esposa, Elaine da Silva Alexandre, vulgo “Laninha”, e seus demais familiares,
com o objetivo de fraudar licitações públicas em diversos municípios da
Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte, mascarar desvios de recursos públicos em favor
próprio e de terceiros, lavar o dinheiro público desviado e fraudar os fiscos
federal e estadual, tudo através das empresas “fantasmas” Servcon Construções
Comércio e Serviços Ltda. – EPP, nome fantasia “Construtora Servcon” (CNPJ
10.997.953/0001-20), e Tec Nova – Construção Civil Ltda. – ME (CNPJ
14.958.510/0001-80).
Segundo as investigações,
os núcleos criminosos instalados nos municípios contratavam os serviços de
Francisco Justino do Nascimento, que através de suas empresas “fantasmas”
participava das licitações e fornecia toda a documentação legal para dar esteio
à despesa pública, sendo Francisco Justino remunerado por esse serviço em valor
variável entre 2% a 8% do valor da nota fiscal.
No Município de Monte
Horebe, por exemplo, havia os seguintes operadores: Eloízio Dias Guarita, Mário
Messias Filho, Francisco Antônio Fernandes de Sousa (Antônio Popó) e Francisco
Moreira Gonçalves (Didi da Licitação). Para executarem diretamente os contratos
dessas empresas, contaram com a efetiva participação de Fábio Barreto Ferreira
e Erivaldo Jacó de Sousa, tendo como parâmetro temporal os mandatos de Erivan
Dias Guarita e Cláudia Aparecida Dias. Cláudia passou a executar diretamente o
contrato de coleta de resíduos sólidos, por meio das empresas Construtora
Servcon (CNPJ 10.997.953/0001-20) e Lorena & Adria Construções, Comércio e
Locações Ltda. – ME (CNPJ 15.407.975/0001-06), cedidas ilicitamente por
Francisco Justino e por Francisco Antônio Fernandes de Sousa (Antônio Popó).
Assessoria