O deputado estadual, Jeová
Campos está coordenando um grupo de trabalho que atua com o objetivo de
aproveitar esse potencial de energia solar e eólica.
O segundo local do mundo
onde se tem a maior incidência de radiação solar fica na Paraíba, nas imediações
da cidade de São Gonçalo, que durante um ano registra mais de 3 mil horas de
sol por metro quadrado. Para se ter ideia deste potencial, atualmente,
desperdiçado, basta lembrar que a média de radiação solar gira em torno de 2
mil metros quadrados. A natureza também foi pródiga com a Paraíba que tem um
grande potencial de silício, um dos principiais materiais utilizados na
fabricação de células fotovoltaicas que captam a luz solar transformando-a em
energia. E é com o objetivo de aproveitar o potencial de energia limpa
existente na Paraíba, que um grupo de trabalho, coordenador pelo deputado
estadual Jeová Campos (PSB) está elaborando um projeto de aproveitamento da
energia solar e eólica, que pode culminar com a largada da Paraíba rumo ao
aproveitamento das energias consideradas limpas e renováveis.
Na manhã da última segunda-feira (22), Jeová, que preside a Comissão de Desenvolvimento, Turismo e
Meio Ambiente da ALPB, o coordenador técnico do Comitê de Energia Renovável do
Semi Árido, Chico Lopes, o professor da área de Engenharia Elétrica e
Eletrotécnica do IFPB, Walmeran Trindade, o professor da UFPE, Heitor
Scalambrini, o ex-deputado Chico Lopes e o assessor do gabinete, Hugo Feitosa,
iriam se reunir com o superintendente da SUDENE, João Paulo, em Recife, para
ver de que forma a instituição pode se engajar neste projeto de aproveitamento
de energia renovável na Paraíba. Mas, em função de problemas de saúde de João
Paulo, a reunião foi reagendada para o dia 07 de março.
“Como só fomos avisados
deste adiamento na manhã de hoje, pouco tempo antes de viajarmos, e a equipe já
estava reunida, mantemos a nossa agenda de trabalho e aprofundamos outras
questões que precisam ser inseridas neste encaminhamento e uma delas foi
solicitar uma audiência com o governador Ricardo Coutinho, para mostrar a ele e
aos representantes de órgãos e instituições do governo ligadas a questões de
energia, o que podemos fazer para não mais desperdiçarmos esse enorme
potencial, que nos é dado de graça, pela natureza colocando, desta forma, a
Paraíba no caminho do aproveitamento das energias consideradas limpas e
renováveis”, disse Jeová.
Segundo o parlamentar,
neste primeiro momento de debates, a ideia é juntar pessoas, instituições e
empresas interessadas no tema para traçar uma linha ordenada de atuação que
busque o domínio da tecnologia, a definição de ações, as fontes de recursos
para esse aproveitamento, etc. E uma das propostas para utilização da radiação
solar que existem em abundância no sertão paraibano é criar arranjos produtivos
locais, utilizando a tecnologia nacional de produção desde a célula até o
módulo, já desenvolvida pela PUC do Rio Grande do Sul. “As células
fotovoltaicas e toda a tecnologia utilizada no Brasil para captação de energia
solar é importada, o que encarece os custos
de implantação de projeto com, esse objetivo, mas a PUC-RS tem o domínio desta
essa tecnologia, porque não utilizá-la em projetos pilotos na Paraíba”, sugere
o professor do IFPB, Walmeran Trindade.
“Quando falamos de
aproveitamento de energias renováveis, parece que estamos nos reportando a algo
muito difícil de atingir, algo que não seja palpável, mas isso já está sendo
feito em vários países e até no Brasil com excelentes resultados”, afirma o
professor da UFPE, Heitor Scalambrini,
que também integra a Frente Nacional por Uma Nova Política Energética e o grupo
de trabalho coordenado pelo deputado paraibano.
Segundo Jeová, essas são
questões que precisam ser levadas ao conhecimento do governador e sua equipe e
também da SUDENE e de outras instituições como a Anel, a UFPB, etc. “A Paraíba
está atrasada em relação à política energética e micro geração de energia
limpa, mas ainda a tempo de aproveitarmos esse enorme potencial existente por
aqui, basta vontade política e sei que o governador, como homem de visão, que
enxerga longe e não desperdiça oportunidades de desenvolvimento, vai se engajar
neste projeto, por isso solicitamos essa audiência”, finaliza Jeová.
Assessoria