quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Integração e parceria marcaram audiência pública sobre o avanço desenfreado do tráfico de drogas na cidade de Cajazeiras

CIDADES: 10/02/2010 – Imagem: Ângelo Lima - Em tenazes palavras Adjamilton Pereira usou a Tribuna da Câmara Municipal, para sugerir que é necessário á criação de uma clínica para recuperação de pessoas dependentes químicas ou como ele quis intitulá-las de doentes, ainda em seu fervoroso pronunciamento o radialista informou que manteve dialogo com o empresário José Cavalcante sobre a doação de uma fazenda nas proximidades de Cajazeiras para ser usada como unidade reparadora.

As pessoas ali presentes tomaram conhecimento que na Cadeia Pública existem nos dias atuais cerca de cento e cinqüenta e oito indivíduos encarcerados, sessenta deles foram presos acusados de envolvimento com o tráfico de drogas.

Devido crescente índice de tráfico e consumo de drogas em Cajazeiras, o Poder Legislativo provocou a realização da referida audiência na Câmara Municipal ontem, terça-feira (9), reunindo representantes de dezenas entidades representativas e, sociedade civil organizada. Entre elas: Igreja Católica, Poder Judiciário, Ministério Público, Conselho Tutelar, Polícia Militar do Estado da Paraíba, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Rotary Clube, Lions Clube, Poder Executivo Municipal e presidentes de associações de bairros.

Dando inicio aos trabalhos o presidente do Poder Legislativo - Vereador Marcos Barros de Sousa afirmou que se deparou com um irmão morto por envolvimento com o tráfico de drogas. Empresário do ramo de comunicação, historiador e professor José Antônio de Albuquerque destacou a necessidade de ser feito algo para combater o mal que assola as famílias, envolvendo todas as classes. Ele reafirmou que recebeu informações da existência de cinco grandes líderes no comando do comércio de drogas em Cajazeiras.

Outro homem preocupado com a insegurança e exacerbados casos de violência, consumo e tráfico de drogas em Cajazeiras, Dr. Edivan Rodrigues elogiou a iniciativa de discutir o assunto que é muito sério, no entanto, alertou para a necessidade do envolvimento de toda a sociedade em busca de uma ação efetiva. O Juiz da 4ª Vara apresentou uma série de reflexões em busca de despertar à sociedade. “Espero que esse ato como os outros não seja apenas palavras jogadas ao vento”, finalizou o magistrado.

Já o promotor Dr. Ismael Vidal representante do Ministério Público fez uma explanação do grave problema relatando fatos ocorridos nos estados do Sudeste do país. Ele trouxe falhas estruturais gigantescas, uma delas, por exemplo, os IP,s na maioria das vezes são investigados por policiais militares, em mostra da deficiência dos delegados em executar as investigações. Dr. Ismael frisou da extrema necessidade da instalação de uma unidade do Instituto de Polícia Cientifica em Cajazeiras para atendimento regional, pois a demanda é constante e crescente.

O prefeito Léo Abreu se mostrou preocupado e lembrou-se de outrora que apenas os maconheiros faziam medo quando usavam como ponto os arredores do Açude Grande. Hoje, numa realidade totalmente oposta o crime se organizou e a sociedade tem certa parcela de culpa, “se nós não nos unirmos se não nos mobilizarmos numa campanha contra o crime á sociedade perderá muitas pessoas de bem para o tráfico”, finalizou.

Da redação