ECONOMIA: 17/11/2010 - Após a Comissão Mista de Orçamento aprovar o relatório preliminar que
define o aumento do salário mínimo dos atuais R$ 510 para R$ 540 a
partir de janeiro, o relator-geral do Orçamento de 2011, deputado Gim
Argello (PTB-DF), disse que, a partir de amanhã (17), começa uma nova
rodada de negociações com as centrais sindicais e os ministérios da
Previdência e do Planejamento para tentar elevar esse valor.
“O
critério usado tem sido muito bom, mas nós queremos mais. É preciso
sentar para negociar e indicar a fonte de onde devem sair os recursos”,
afirmou Argello. Antes da votação sobre o parecer preliminar, esteve na
Comissão de Orçamento o ministro do planejamento Paulo Bernardo, que
reafirmou que o governo trabalha com a proposta do salário mínimo de R$ 540 para 2011. Segundo ele, cada R$ 1 aumentado no salário mínimo
representa R$ 286,4 milhões a mais de gastos do governo.
No
Projeto de Lei Orçamentária 2011, documento apresentado hoje pelo
ministro Paulo Bernardo, o Ministério do Planejamento atualiza o
crescimento do PIB estimado para 2010 de 6,5% para 7,5%. Com isso, o
valor passa de R$ 3,524 trilhões para R$ 3,548 trilhões.
Com a previsão de aumento de 5,5% para o próximo ano, o país deve chegar a um PIB de R$ 3,927 trilhões em 2011. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) estava previsto para fechar em 5,2% neste ano e, agora, foi reduzido para 5,1%.
Com a previsão de aumento de 5,5% para o próximo ano, o país deve chegar a um PIB de R$ 3,927 trilhões em 2011. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) estava previsto para fechar em 5,2% neste ano e, agora, foi reduzido para 5,1%.
O critério acertado entre o governo e as
centrais sindicais, em 2006, estabelece que o reajuste do salário mínimo
corresponde ao aumento da inflação mais o crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Pelos cálculos do Ministério do
Planejamento, esse valor ficará um pouco a baixo de R$ 540, sendo
arredondado para cima. As centrais sindicais defendem que o novo valor
esteja entre R$ 560 e R$ 580. Segundo o relator, qualquer valor acima de
R$ 540 deve sair por medida provisória.
Danilo Macedo - Agência Brasil