JUSTIÇA: 22/11/2010 - Para evitar que a escolha do novo ministro do Supremo Tribunal Federal
(STF) seja contaminada pela disputa por cargos no governo Dilma
Rousseff, o presidente Lula resolveu segurar a indicação.
A mensagem com
o nome do novo ministro, em razão disso, deverá ser encaminhada ao
Congresso no início de dezembro, com prazo exíguo, mas calculado para
que o escolhido seja sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça e
aprovado pelo plenário do Senado.
Pessoas próximas ao presidente argumentam não haver motivos para a
indicação imediata do sucessor de Eros Grau. Mesmo que fosse escolhido
nesta ou na próxima semana, o novo ministro dificilmente conseguiria ser
empossado a tempo de votar algum processo antes do recesso do STF -
como a aplicação da Lei da Ficha Limpa nas eleições deste ano. A posse,
muito provavelmente, ficará para 2011, já durante o governo de Dilma
Rousseff.
A declaração do presidente, na terça-feira, mostrava que ele não tem
pressa para preencher a vaga no tribunal. "Eu, de forma muito prudente,
não quis escolher alguém no meio do processo eleitoral, porque queria
respeitar, de forma republicana, quem quer que fosse eleito", afirmou.
"Vou conversar com a Dilma, mas tem que dar um tempo, porque ela agora
está preocupada com a montagem do governo. É a prioridade dela",
acrescentou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.