CIDADES: 27/11/2009 – Imagem: Júnior Barreto – Em Sessão Solene realizada no inicio da noite de ontem, quinta-feira (23), no auditório da Câmara Municipal de Cajazeiras/PB, o vereador Marcos Barros de Souza (DEM), deu inicio aos trabalhos ali pré-agendados. O jovem Francisco Jucinério Félix Filho foi homenageado com um Título de Cidadão cajazeirense, o vereador e 1º Secretário da Mesa Diretora José Lopes “Lopão” leu o seu extenso Curriculum para um grandioso público presente.
O autor da referida propositura, ex-vereador Francisco Chagas Amaro usou a tribuna e enveredou-se palavrosamente rasgados elogios e reconhecidamente o trabalho daquele militante petista desde sua infância pobre na zona rural do município de Santa Helena, no Sertão paraibano a sua chegada aos arrabaldes dessa cidade, localizando-o no distinto Bairro São José. “Estamos aqui, hoje nesse momento em forma de agradecimento ao desempenho de Jucinério, lembro-me bem quando esse rapaz mobilizou com muito esforço, verdadeiras multidões para engrossar os “arrastões” do então prefeito Léo Abreu”.
“Eu fui cobrado por amigos de aliança política se não havia outra pessoa para essa secretaria, curioso: pois, Jucinério é homossexual assumido, por essa posição ele não se encaixava no perfil da mencionada pasta. Perguntei-me; quando era para esse rapaz sair às ruas, reunir multidões esse rapaz não servia não era “viado”? (exacerbado número de aplausos foram ouvidos naquele recinto).
A vereadora Léia Silva saudou todos os presentes, sociedade civil organizada, autoridades, amigos da pasta do secretário, colegas parlamentares e demais pessoas que ali se faziam presentes. A vereadora deu inicio ao discurso falando de rosas, como elas supostamente nascem. Usou por exemplo; uma frase que dizia: “uma semente pode ser plantada em esterco, rega-se essa com água e cheira mal. Têm pessoas que nascem em verdadeiros berços de ouro e não tem personalidade e você Jucinério (direcionando a fala e cabeça para o secretário) ressaltou; tem. As oportunidades que Jucinério tem hoje são diferentes das oportunidades de outrora, das oportunidades que nós do meu tempo, não as tivemos, quero parabenizá-lo pelo seu caráter como pessoa que verdadeiramente é”.
Vereador Severino Dantas usou da palavra e homenageou Jucinério, menino pobre morador do Bairro São José, homem preocupado com os problemas sociais da população, das pessoas menos favorecidas, “Cajazeiras parabeniza no dia de hoje, uma pessoa digna, uma pessoa que conheci na luta para ajudar o próximo, uma pessoa preocupada com o seu semelhante, uma pessoa que faz política no intuito de abrigar os mais humildes a fim de promover pessoas e você Jucinério faz isso” ressaltou Severino.
Em rápidas palavras de afeto e carinho o vereador Nilsinho, parabenizou Jucinério dando espaço para o amigo e companheiro inseparável de lutas e batalhas do dia a dia Ricardo Lacerda, que bastante emocionado embargou a voz ao falar da dura vida que levou quando chegou à capital paulista e vivenciou a miséria ao ter que morar numa favela dividindo também todas as circunstâncias daquela selva de pedra. Durante sua fala, Ricardo narrava momentos que passaram juntos através de telão onde era exibido um filme de vida de ambos e amigos, políticos do Brasil e autoridades oriundos da caminhada da vida em comum.
No referido Slide o prefeito Léo Abreu falou da importância de tê-lo como auxiliar, da desenvoltura que está demonstrando a todos em sua pasta. Em meados do fim das apresentações das falas, homenagens de amigos e autoridades, uma figura caracterizada de “Drag Queen” apresentou-se dublando uma música tema da classe homossexual para espanto de parte das autoridades presentes. Por fim o homenageado Francisco Jucinério Félix bastante emocionado contou parte de sua história de vida. Jucinério revelou ser filho de mão solteira que já tinha outros sete filhos de pais diferentes e que não havia condição de levar mais um filho para casa sendo a mesma obrigada a deixá-lo na maternidade por dois dias até que uma senhora soube da situação e resolveu adotá-lo. Dona Diamantina pobre sertaneja de idade avançada não hesitou em acolher aquela criança recém chegada ao mundo.
Jucinério relembrou das suas incansáveis lutas para levar um pouco de prazer aos bairros mais humildes dessa cidade, “é muito desumano morar no Morro do Cristo”, lembrando ele do seu próprio passado pobre, cruel. “Antes de tudo sou feliz, tenho pessoas ao meu lado que são verdadeiras, verdadeiros amigos de todas as horas, vou sair desse governo um dia de cabeça erguida, pela porta da frente. Quero dizer que meu salário é muito bom por não tenho que usurpar de dinheiro de origem duvidosa, gostaria que outras pessoas tivessem a oportunidade que hoje eu tenho”, finalizou Jucinério.
Por volta das 21hs00, no término das homenagens o presidente daquele poder – vereador Marcos Barros encerrou a sessão lembrando também de um episódio discriminatório vivenciado por ele, em seguida o músico Toninho Di Lita e Inajara de Tandui encerraram a festa com música. Da redação