O senador Veneziano Vital do
Rêgo (PSB-PB) se posicionou contra a decisão do governo federal de promover um
grande corte de bolsas de pós-graduação das universidades públicas brasileiras
em 2019. Segundo levantamento divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo, o corte
de 7.590 bolsas prejudicou, sobretudo, o Nordeste, e teve como instituição mais
penalizada a Universidade Federal de Campina Grande – UFCG.
Veneziano lamentou a
iniciativa, afirmando não entender os critérios que o governo adotou para
prejudicar, principalmente, as instituições de ensino superior do Nordeste,
região que mais carece de investimentos em pesquisa. E foi mais além, ao
lembrar que a UFCG (instituição mais prejudicada com os cortes no país) e a
Universidade Federal da Paraíba – UFPB foram duas universidades públicas
brasileiras que ganharam notoriedade há cerca de um mês, por conta dos
resultados de suas pesquisas.
De acordo com o ranking de
depositantes residentes (nacionais) de patentes de invenção, a UFPB foi a
campeã de patentes, com o registro de 94 patentes; e a UFCG ficou em segundo
lugar, com 82 patentes registradas. Veneziano dise que a UFCG foi a instituição
mais prejudicada no país, “ao mesmo tempo em que há a demonstração de
excelência dessas duas instituições, e de outras do Nordeste”.
O senador externou sua
indignação com a decisão do governo em duas oportunidades, nesta terça-feira
(18): pela manhã, ao participar de reunião da Comissão de Educação, Cultura e
Esporte; e à tarde, na tribuna do Senado.
Decisão “abusiva e violenta”
– Veneziano disse que os cortes do governo podem ser considerados abusivos. “Eu
venho aqui, em desagravo às instituições nordestinas que sofreram e que
continuarão a padecer, pelo visto, com esses cortes sucessivos da Capes, órgão
vinculado ao Ministério da Educação e que, simplesmente, desconhecendo até
mesmo avisos preliminares de ouvir das instituições que tratam dos cursos de pós-graduação,
mestrados e doutorados, toma as decisões que são, como estas, extremamente
abusivas”.
Falando em defesa das
instituições de ensino superior do Nordeste – mas, sobretudo, da Paraíba, ele
classificou a atitude do governo de “violenta”, atentando contra os interesses
de uma nação que necessita se desenvolver. “Falo em nome das instituições de ensino
superior da Paraíba, e não apenas da Paraíba, mas principalmente delas, em face
daquilo que tem produzido e demonstrado, mas a estas, somam-se as demais outras
instituições de ensino que se prejudicam com estes cortes, que são lastimáveis
e, confessadamente, mais uma atitude violenta contra os interesses de todos nós
que queremos ver um Brasil melhor em todos os níveis de educação”.
E finalizou com uma
sentença: “Não há nação e nunca houve nação que pudesse superar as suas
limitações e dificuldades, sejam estas, territoriais ou climáticas, se não for
por meio da educação”.
Assessoria de Imprensa