POLÍTICA: 18/03/2010 - A possível saída do prefeito de Cajazeiras, Léo Abreu, do quadro partidário do PSB e adesão ao projeto de reeleição do governador da Paraíba, José Maranhão (PMDB), já provocou reações no Partido Socialista Brasileiro.
O secretário de Organização do PSB, Alexandre Urquiza, afirmou ontem, quinta (18), será convocado um encontro hoje, sexta (19), entre os socialistas para discutir o caso. Na reunião, o secretário vai com uma posição concreta: o PSB tem que reivindicar o mandato do prefeito de Cajazeiras em caso de desfiliação de Léo Abreu.
Segundo Alexandre Urquiza, após a convocação da reunião do PSB, o encontro entre os socialistas ocorrerá 48 horas depois do anúncio de convocação de filiados. O secretário de Organização afirmou que o partido terá que tomar providências sobre a possível saída de Léo Abreu do quadro partidário.
“Eu vou defender o posicionamento de que o mandato é do partido e não do prefeito. E temos que tomar todas as medidas cabíveis”, afirmou Alexandre Urquiza. Ele não descarta que, entre as medidas que podem ser adotadas pelo partido, esteja a abertura de ação de perda de mandato por infidelidade partidária.
Alexandre Urquiza ressaltou que a situação de Léo Abreu é parecida com a do governador do Distrito Federal, Roberto Arruda (sem partido), que foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal. A cassação ocorreu porque ele deixou o DEM sem respaldo legal, mesmo estando ameaçado de expulsão.
Mais amplo
O secretário de Organização declarou que, na reunião, também serão adotadas medidas contra prefeitos, vice-prefeitos e vereadores que deixarem de apoiar o projeto do PSB ao Governo do Estado e passem a fazer campanha política para outros grupos políticos. “O PSB está construindo um projeto próprio para o Estado e vamos exigir que todos os filiados apoiem esse projeto”, enfatizou.
Ele disse que, até ontem, Léo Abreu não comunicou ao partido a possível desfiliação do PSB. “Nós só soubemos através da mídia que Léo Abreu pretende sair do partido. Nós não fomos comunicados”, afirmou. O caso do prefeito de Cajazeiras veio à tona, nesta semana, quando ele anunciou a insatisfação de permanecer no PSB pelo fato do partido ter se alinhado com o ex-governador Cássio Cunha Lima e o senador Efraim Morais (DEM).
No momento, o PSB já move ações na Justiça Eleitoral contra os deputados estaduais que deixaram a sigla: Carlos Batinga, Guilherme Almeida e Leonardo Gadelha. Os três migraram para o PSC. Na lista de parlamentares inféis consta ainda a deputada Nadja Palitot, que trocou o partido socialista pelo PSL.
Fonte: Jornal da Paraíba