EDUCAÇÃO: 27/03/2010 - Terminou sem entendimentos a audiência que os líderes da greve dos
professores estaduais da Paraíba tiveram nesta sexta-feira (26) com o
governador José Maranhão (PMDB). Em greve desde o último dia 1º de
março, eles reivindicam a integralização do pagamento do piso nacional
da educação, mas o chefe do executivo estadual explica que a Lei de
Responsabilidade Fiscal impende um novo aumento salarial para a
categoria.
Basicamente, os dois lados divergem em um ponto simples. O Governo
diz que já paga o piso, na medida em que a soma dos vencimentos e das
gratificações atingem o valor determinado. A categoria, contudo, quer
que os vencimentos sejam incorporados ao salário, porque segundo ele o
piso tem que ser alcançado apenas com este primeiro.
Diante do impasse a greve continua e reflete também na Assembleia
Legislativa da Paraíba. Na audiência desta sexta, dois parlamentares (um
de cada bancada) estiveram presentes e situação e oposição analisam de
forma diferente o encontro.
O oposicionista Branco Medes (DEM) diz que o entendimento é difícil e
não deslumbra uma solução rápida para o problema. “As negociações não
surtiram muito efeito. O Governo do Estado se mostrou intransigente com
algumas questões e um entendimento não me parece possível num médio
prazo”, alfineta.
O situacionista Dr. Verissinho (PMDB), contudo, diz que lamenta o
impasse, mas comemora a abertura de um “importante canal de diálogos”
Segundo ele, o que importa neste momento é que Governo e grevistas já se
dispuseram a conversar para encontrar uma solução viável.
“O início das conversas entre as partes já é um importante começo. O
Governo explicou que ainda existem algumas pendências legais sobre o
piso e que isto ainda tem que ser decidido, mas podemos perceber a boa
vontade do governador em conversar”, contrapôs. Sales Fernandes / 101FM