Entre os brasileiros, o empresário teve uma alta extraordinária em sua fortuna e está agora no oitavo lugar da lista, com um patrimônio estimado em US$ 27 bilhões. Dono do grupo EBX, Batista ocupava a 61ª posição no ano passado, com U$S 7,5 bilhões.
A fortuna de Carlos Slim cresceu US$ 18,5 bilhões em 12 meses, atingindo cerca de US$ 53,5 bilhões. As ações da America Movil, empresa na qual Slim possui uma participação de US$ 23 bilhões, valorizaram 35% em um ano. Esta exorbitante quantidade de dinheiro coloca-o à frente do co-fundador da Microsoft, Bill Gates, por 15 anos considerado o homem mais rico do mundo.
A fortuna do megainvestidor Warren Buffett cresceu US$ 10 bilhões, atingindo os 47 bilhões de dólares graças à valorização das acções da Berkshire Hathaway. Este ano, Warren Buffet surge na terceira posição.
O Oráculo de Omaha, como é conhecido Buffet, investiu de forma perspicaz US$ 5 bilhões no Goldman Sachs e outros US$ 3 bilhões na General Electric no meio do colapso dos mercados em 2008. Recentemente, também adquiriu o gigante de ferrovias Burlington Northern Santa Fe, por US$ 26 bilhões. Na sua carta anual aos acionistas, Buffet escreveu: "Investimos muito dinheiro durante o caos dos últimos dois anos. Quando chove ouro, pegue num balde e não num dedal."
Muitos plutocratas fizeram precisamente isso. Na verdade, o cemitério de fortunas do ano passado tornou-se num filão muito valioso para os multimilionários. A maioria das pessoas mais ricas do planeta viu as suas fortunas crescer no último ano.
Este ano, os multimilionários mundiais possuem uma fortuna média de US$ 3,5 bilhões, o que representa uma alta de US$ 500 milhões face ao valor de 12 meses atrás. Há 1.011 multimilionários no mundo, um número bem acima dos 793 contabilizados há um ano. Entretanto, esse número ainda está aquém do recorde de 1.125 multimilionários registrados em 2008. Dos multimilionários da lista do ano passado, apenas 12% registraram um decréscimo nas suas fortunas.
Os multimilionários norte-americanos ainda dominam a lista, mas a sua liderança é cada vez menor. Os americanos representam 40% dos multimilionários mundiais, enquanto há um ano este número abrangia 45% do total.
Os EUA representam 38% das fortunas acumuladas das pessoas mais ricas do mundo, cujo total soma US$ 3,6 trilhões, uma queda de 6% face aos 44% do ano anterior.
Dos 97 estreantes na lista, apenas 16% são oriundos dos EUA. Em contrapartida, a Ásia registou grandes ganhos. A região conta com mais 104 magnatas e, atualmente, só tem 14 a menos do que a Europa, graças a várias ofertas públicas de aquisição e a mercados acionários em alta.
Entre os novos nomes na lista estão o americano Isaac Perlmutter, que vendeu a Marvel Entertainment para Disney, por US$ 4 bilhões, no último mês de dezembro. O magnata do Homem-Aranha embolsou quase US$ 900 milhões em dinheiro e US$ 20 milhões em acções da Disney com a transação.
Também estrearam na lista 27 multimilionários chineses, nomeadamente, Li Shufu, dono da montadora Geely, que anunciou planos para adquirir a marca sueca Volvo da Ford em dezembro. Espera-se que o negócio esteja concluído em março de 2010.
A Finlândia e o Paquistão estreiam-se este ano na lista. Pela primeira vez, com 89 multimilionários, a China (incluindo Hong Kong) é o país que possui mais nomes na lista além dos EUA. A Rússia conta com 62 multimilionários, 28 dos quais regressam à lista depois de não terem marcado presença no último ano devido à crise das commodities. Este ano, voltaram à lista 164 multimilionários.
Em relação à lista do ano passado, o clube dos multimilionários perdeu 30 membros antigos. Entre os quais: o islandês Thor Bjorgolfsson, o russo Boris Berezovsky e o saudita Maan Al-Sanea. Além disso, morreram 13 membros da lista anterior. Entre os falecidos estão o incorporador imobiliário Melvin Simon e o magnata do vidro William Davidson.
Por Matthew Miller e Luisa Kroll, da Forbes