sábado, 2 de janeiro de 2010

Vituriano dispara contra Jeová e diz que petista se acha dono dos votos e dos cargos públicos de Cajazeiras

POLÍTICA: 02/01/2010 – Imagem: Ângelo Lima - Ex-deputado e pai do atual prefeito de Cajazeiras, o médico Vituriano de Abreu (PMDB), afirmou hoje, sábado (02), que não tem mais acordo com o deputado estadual Jeová Campos (PT). Ao confirmar o rompimento político com o petista, Vituriano acusou Jeová de vetar todas as indicações que fez ao lado do prefeito Léo Abreu (PSB), para ocupar cargos do Governo do Estado. Mesmo reconhecendo que o governador acatou os vetos de Jeová, Vituriano considerou que esse tipo de atitude é normal "para um mandatário que pretende se reeleger".

Vituriano citou dois vetos de Jeová. Ele mesmo teria o nome vetado para assumir a direção regional da Saúde. Passou três dias no cargo e Jeová, numa reunião em João Pessoa com o secretário José Maria de França, disse que não abriria mão de João Fernandes. Léo Abreu ainda tentou indicar a irmã para o mesmo cargo, mas também teve o pedido vetado pelo petista.

Segundo contou Vituriano em entrevista à rádio Difusora, Jeová lhe fez uma proposta de dobradinha apenas em Cajazeiras, onde supostamente lhe garantiria 10 mil votos. "Nas minhas contas, eu tenho entre 8 e dez mil votos aqui em Cajazeiras. O deputado acha que é dono desses votos, onde tenho a minha base. Por isso vou procurar outros candidatos a deputado federal que possam me garantir mais 10 mil votos em outros municípios", disse.

O médico ainda afirmou que na conversa que manteve com o governador José Maranhão não houve avanço para um entendimento com Jeová e não vê mais possibilidade de convivência política com o deputado petista. Para ele, o rompimento não prejudicará a reeleição do filho, Léo Abreu, em 2012. Vituriano frisou que todas as forças políticas ligadas a Jeová hoje ajudaram a eleger o ex-prefeito Carlos Antônio, mas a reeleição foi esse arco de alianças. "O mesmo deve acontecer com Léo, pelo ritmo de obras que ele vem imprimindo".

Vituriano estranhou ainda que Jeová tivesse propalado que não seria mais candidato a deputado estadual e que, depois da conversa com Maranhão, tenha mudado de idéia e passasse a admitir uma disputa á reeleição à Assembléia Legislativa. Fonte: Hermes de Luna