As suspeitas são de que traficantes teriam criado novas conexões e continuariam abastecendo cidades paraibanas.
De acordo com o delegado Francisco Martins, ex-chefe da Delegacia da Polícia Federal (PF) de Patos, no Sertão, onde a operação foi deflagrada e que coordenou na época os trabalhos, os indícios são de que após a desarticulação da quadrilha o tráfico continuaria sendo alimentado por ‘mulas' e caminhoneiros que carregam os entorpecentes da fronteira até a região sertaneja.
Segundo o Ministério Público e a Polícia Federal, o grupo preso durante a ‘Conexão do Sertão' seria liderado na Paraíba pelo paraibano José Oberon Laurentino de Sousa, conhecido como "Dedé Oberon", que seria responsável pela distribuição da droga na região patoense. E os entorpecentes seriam enviados pelo rondoniense Rildo Tenório de Araújo, que seria o elo entre as (FARC) e o tráfico paraibano e mesmo detido é suspeito de comandar os carregamentos.
"A investigação ainda está em curso. Nosso objetivo agora é alcançar outros envolvidos que tenham ligações com aquele grupo. Não em Patos, mas em outras cidades localizadas na região. Hoje ainda não temos nomes de outras pessoas que serviriam de elo entre as (FARC) e os traficantes paraibanos, mas a droga continuaria vindo da fronteira através de ‘mulas' e em quantidades pulverizadas, para dificultar o trabalho da polícia", ressaltou o delegado, mesmo preferindo não adiantar detalhes sobre a investigação, mas não descartando a possibilidade de novas prisões.
Durante a ‘Conexão do Sertão' as investigações constataram que os traficantes teriam atuação, além da Paraíba, também nos Estados de Rondônia, Santa Catarina, Minas Gerais, Mato Grosso e Maranhão. Quinze pessoas foram denunciadas acusadas de participar do esquema e envolvimento com o tráfico, e mais de 817 quilos de cocaína foram apreendidas entre os anos de 2008 e 2009.
Fonte: João Paulo Medeiros - Jornal da Paraíba