Nivan Furtado é o quinto entrevistado da série que o blog Carrinho por Trás faz com os presidentes de clubes que participarão da 1ª divisão da competição estadual e o primeiro a admitir que o título não pode ser considerado o objetivo principal. Ele explica que assumiu o Atlético há quatro meses “completamente esfacelado física e economicamente” e que antes de pensar em título é preciso reestruturar o clube campeão paraibano de 2002.
Com uma folha mensal que deve girar em torno de R$ 70 mil, o representante cajazeirense pretende contar no campeonato com 28 jogadores, sendo que 70% deles remanescentes do elenco vice-campeão da 2ª divisão de 2009. Antes do início da competição, em 24 de janeiro, mais quatro jogadores devem chegar para reforçar o time: um zagueiro, um lateral, um meia e um atacante.
Para pagar esta conta, Nivan diz que o principal patrocinador do clube é a Prefeitura de Cajazeiras. E que além do poder público outras 17 empresas locais firmaram uma parceria com o Atlético se comprometendo a ajudar no pagamento da folha salarial.
O treinador será o cearense Jorge Pinheiro, que como goleiro já atuou no Auto Esporte, mas que se notabilizou jogando pelo Fortaleza. Na condição de técnico, foi o responsável pelo retorno do Atlético à 1ª divisão do Paraibano. “Ele fez um bom trabalho no ano passado e resolvemos mantê-lo para 2010”, destaca o presidente.
Outra fonte de renda do Atlético para o Paraibano 2010 será a venda antecipada de ingressos para os jogos do clube no Estádio Perpetão, em Cajazeiras. Segundo Nivan, já foram vendidos 80 pacotes ao preço de R$ 250, que dão direito às entradas em todos os jogos do time em casa e a uma camisa oficial do clube.
Isto significa que só neste pacote o time já arrecadou R$ 20 mil. Suficientes para quitar algumas dívidas localizadas que segundo o presidente o clube possuía no comércio local, mas ainda irrisórios para resolver os problemas trabalhistas que o Atlético atualmente possui.
De acordo com Nivan, o Atlético de Cajazeiras deve hoje R$ 140 mil em ações na justiça do trabalho, mas ele diz que já começou a procurar cada requerente para negociar em juízo as respectivas dívidas. “O Atlético hoje é uma equipe deficitária, mas estamos lutando a cada dia para reverter esta realidade”, concluiu. Por Phelipe Caldas