POLÍTICA: 02/11/2010 - O
deputado federal Wellington Roberto (PR) comentou hoje em entrevista ao
Parlamentopb declarações atribuídas ao advogado Marcelo Weick, seu
antecessor na coordenação de campanha de José Maranhão (PMDB) à
reeleição, segundo as quais a troca de comando e a convocação de agentes
políticos para definir as estratégias do segundo turno teriam sido
falhas, contribuindo para o aumento da diferença de votos entre o
governador e o adversário, Ricardo Coutinho, que ampliou sua margem de 8
mil votos para 148,8 mil no segundo turno, quando foi eleito.
Para
Wellington, o trabalho da segunda coordenação, gerida por ele, foi
válido, eficiente e tinha como objetivo evitar uma "sangria desatada"
que teria sido verificada logo após o anúncio do resultado das urnas no
dia 3 de outubro, contrariando a expectativa das pesquisas com uma
dianteira de Ricardo Coutinho (PSB).
- Nossa
atuação política foi para evitar uma sangria desatada que estava sendo
vista naquele momento. Havia cinco ou seis casos específicos [cujos
nomes não quis citar] que conseguimos segurar. Se não tivéssemos agido, a
onda ia pegar e não ia sobrar ninguém. Fizemos o que foi possível!
Para Wellington, o comentário de Marcelo Weick foi infeliz:
- Ele
fala sobre o aumento da diferença de votos pró-Ricardo Coutinho, mas
esquece que o cenário era outro. O eleitorado seguiu uma tendência.
Acredito que a vitória de nosso adversário se deu por causa da vantagem
que ele teve no primeiro turno. Parte do nosso eleitorado mudou para
votar em quem achava que ia ganhar. Essa tendência, pelo que vimos na
história da Paraíba, é muito forte. Então, não dá para comparar o
cenário do primeiro com o do segundo turno. Tenho muito respeito a Weick
como advogado, mas ele precisa analisar melhor as condições políticas.
No segundo turno, a coisa era muito diferente.
Finalmente,
o deputado afirmou que permanece politicamente ligado ao governador
José Maranhão e negou que tenha havido uso da máquina em prol da
reeleição do peemedebista:
- Eles
se queixam dos convênios, mas se eles tinham documentação regular, não
havia porque não dar continuidade às ações do Governo. Isso é natural.
Se não fosse, eles teriam entrado com ações contra o governador José
Maranhão.
"Se não tivéssemos agido, a onda ia pegar e não ia sobrar ninguém"
"Se não tivéssemos agido, a onda ia pegar e não ia sobrar ninguém"
Wellington Roberto