sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Vitalzinho diz que momento não é de reeditar a CPMF, mas de discutir “uma Reforma Tributária justa”

OPINIÃO: 05/11/2010 - O deputado federal e senador eleito Vital do Rego Filho, Vitalzinho (PMDB-PB) afirmou na manhã desta sexta-feira (05), em Brasília, que o atual momento político e econômico do Brasil não é o de defesa da reedição da CPMF, mas de iniciar um processo de discussão da Reforma Tributária. Ele disse reconhecer que a perda da CPMF resultou numa dificuldade para estados e municípios, mas adiantou que, para resolver o problema da Saúde, “não se faz necessário restabelecer a guerra da CPMF”.

Segundo Vitalzinho, o Brasil, através dos governadores, deputados e senadores eleitos, deve iniciar uma discussão para efetivar, no governo da presidente Dilma Rousseff (PT), a Reforma Tributária. “Todos nós, de mãos dadas com a sociedade, devemos lutar por uma revisão no descalabro tributário . É necessário que, no bojo da Reforma Tributária, tenhamos condições de equilibrar as finanças públicas e, assim, garantir um financiamento mais digno  e justo para a Saúde”.

Ele declarou que, neste momento, a reedição da CPMF não é o melhor caminho para resolver o problema da Saúde do país. “Não podemos agora, como solução extraodrinária, voltar a exigir o retorno da CPMF, pois essa parte emergencial já passou. Agora é hora de discutir as reformas e eu, como Senador das Reformas a que me propus durante o processo eleitoral, vou procurar encaminhar esse processo no Senado”, disse.

Guerra no Congresso - Vitalzinho disse que o país não pode - e não deve - neste momento, avançar com tributos, de forma a onerar ainda mais a carga tributária do brasileiro. “Não podemos avançar com nenhum tipo de tributo que onere ainda mais a sociedade enquanto não houver um posicionamento claro do país em relação à Reforma Tributária”.

Ele lembrou, também, que a discussão da CPMF no Congresso Nacional, no ano passado, foi responsável por um processo que gerou uma paralisação das ações de governo. “O custo no Brasil já é muito alto e não há como reeditar, agora, uma guerra que se estabeleceu no Congresso no ano passado e que foi responsável pela paralisação por pelo menos seis meses do governo”.

Soluções – Vitalzinho afirmou que existem alternativas que deverão ser postas, quando da discussão da Reforma Tributária, como forma de desonerar ainda mais a sociedade – sobretudo a classe trabalhadora. “É necessário discutir a Reforma Tributária junto com os governadores e com as bancadas na Câmara e no Senado, colocando em pauta assuntos como a tributação das grandes fortunas e a tributação do Mercado Financeiro”.

Segundo Vitalzinho, esta mesma linha de atuação – com a discussão destas alternativas – será levada por ele para o Senado, considerando que a presidente eleita Dilma Rousseff não deu mostras de que quer reeditar a CPMF. “A presidente Dilma já colocou, de forma muito clara, que não é de seu interesse encaminhar este assunto (CPMF), em que pese os governadores do PSB terem sido favoráveis, disse Vitalzinho. ASCOM