Pelo perfil dos deputados eleitos, estima-se que o governador eleito não terá muitas dificuldades para conquistar a maioria no plenário do Poder Legislativo Estadual. Ricardo Coutinho foi eleito junto com o apoio de 16 parlamentares e tem perspectiva de conquistar a adesão de pelo menos mais sete parlamentares para seu projeto de governo, a partir de 1º de janeiro do ano que vem.
Parlamentares planejam formar base de sustentação de Ricardo
POLÍTICA: 04/11/2010 - Quando tomar posse, no dia 1º de janeiro de 2011, o
governador Ricardo Coutinho (PSB) já deverá contar com uma bancada
majoritária e deverá eleger um aliado para presidir o Poder Legislativo
Estadual. As conversas já estão em andamento e alguns parlamentares que
adotaram neutralidade ou compuseram o esquema governista derrotado já se
insinuam para formar a base de sustentação política do novo governador.
O resultado das eleições do ultimo dia 03 de outubro apresentou um
quadro amplamente desfavorável ao socialista. Dos 36 parlamentares
eleitos, apenas 16 acompanharam Ricardo: os socialistas Adriano Galdino,
Edmilson Soares e Léa Toscano; os tucanos Antônio Mineral e Dinaldo
Wanderley; os democratas Branco Mendes, João Henrique, José Aldemir,
Lindolfo Pires; além de Eva Gouveia (PTN), Gilma Germano (PPS), Janduhy
Carneiro e Manoel Ludgério (ambos do PDT).
No momento atual, a bancada de oposição seria formada pelos
peemedebistas Francisca Motta, André Gadelha, Gervásio Maia, Trócolli
Júnior, Doda de Tião, Olenka Maranhão e Raniery Paulino; Caio Roberto
(PSC), Genival Matias (PT do B), Dr. Aníbal (PSL), Frei Anastácio (PT) e
João Gonçalves (PSDB); além de Carlos Batinga, e Arnaldo Monteiro
(ambos do PSC).
No bloco daqueles que adotaram neutralidade ou optaram por um dos lados
por conveniência partidária ou sobrevivência política, figuram Ricardo
Marcelo (PSDB), Toinho do Sopão (PTN), Daniela Ribeiro (PP), Vituriano
de Abreu (PSC), Wilson Braga (PMDB), e os petistas Luciano Cartaxo e
Anísio Maia.
Luciano Crataxo já foi íder de Ricardo Coutinho na Câmara Municipal de João Pessoa.
Outros opositores que pediram votos para Maranhão, mas de uma forma ou de
outra teriam mais facilidade para aderir ao futuro governador. Daniella
Ribeiro (PP), por exemplo, pertence a um grupo político que a até bem
pouco tempo era aliado de Ricardo; Vituriano de Abreu (PSC) e seu filho,
Léo Abreu (PSB), também já estiveram aliados a Coutinho; Luciano
Cartaxo (PT) já foi líder do então prefeito de João Pessoa na Câmara
Municipal; Wilson Braga (PMDB) e Anísio Maia (PT) fecham a lista dos que
também devem aderir ao novo governo.
Daniela Ribeiro já foi aliada de Ricardo Coutinho antes das eleições.
Se mesmo, com todas as dificuldades de convivência entre o seu líder na
Assembleia Legislativa, Gervásio Maia, com a oposição - e até mesmo com
a própria bancada, Maranhão conseguiu obter a maioria com um mandato
tão curto, imagina-se que a tarefa não será difícil assim para Ricardo
Coutinho. Sem contar aquele desejo incontrolável que alguns
parlamentares sentem de conviver com as benesses do poder.
Da Redação com PbAcontece