quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Por adultério; Condenada a apedrejamento no Irã não será morta nesta quarta, diz ONG

MUNDO: 03/11/2010 - A iraniana Sakineh Mohammadi-Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento, não será executada nesta quarta-feira (3), segundo o comitê internacional contra o apedrejamento.

"Sakineh Mohammadi-Ashtiani não foi executada hoje (quarta-feira). Neste momento, já passou o horário das execuções, portanto não será hoje. Mas o risco continua, e pode acontecer a qualquer momento", declarou à AFP Mina Ahadi, porta-voz do comitê internacional contra o apedrejamento, que tem sede na Alemanha, e que disse ter recebido informações do próprio comitê no Irã.

Sakineh Mohammadi-Ashtiani, 43 anos, foi condenada à morte em 2006. Ela foi condenada à forca por envolvimento no assassinato do marido e ao apedrejamento por acusações de adultério.

A comunidade internacional questiona as condenações e uma campanha internacional tenta salvar a iraniana.

Várias organizações de apoio a Sakineh manifestaram na terça o temor de que ela fosse executada. O governo iraniano não deu declarações sobre o assunto.
Manifestantes seguram placas em protesto em Paris, na França, contra a condenação da iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani por apedrejamento no IrãManifestantes seguram placas em protesto em agosto em Paris, na França, contra a condenação da iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani por apedrejamento no Irã (Foto: Reuters)
Sakineh Mohammadi Ashtiani, 43 anos, foi condenada em 2006 a 10 anos de prisão pela acusação de cumplicidade no assassinato do marido e ao apedrejamento até a morte por várias acusações de adultério, segundo as autoridades iranianas.

A condenação provocou uma enorme campanha internacional, inclusive no Brasil, para evitar a aplicação da pena, assim como vários questionamentos aos julgamentos.

Em julho, o governo do Irã anunciou que a condenação à morte por apedrejamento, confirmada em 2007 em apelação, estava suspensa e que o caso seria reexaminado. G1