O senador responde pelo
crime de corrupção passiva e tentativa de obstruir a Justiça
O julgamento sobre a
denúncia contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG), em um dos inquéritos
resultantes da delação do empresário Joesley Batista, da JBS, foi marcado para
a próxima terça-feira (17), pelo presidente da Segunda Turma do Supremo
Tribunal Federal (STF), ministro Alexandre de Moraes.
O ministro Marco Aurélio
Mello, relator do caso, integra a Segunda Turma junto com Moraes, Luiz Fux, Rosa
Weber e Luís Roberto Barroso.
De acordo com a denúncia,
Aécio solicitou a Joesley Batista R$ 2 milhões em propina, em troca de atuação
política. O senador, que foi acusado pelo crime de corrupção passiva e
tentativa de obstruir a Justiça, alega que a quantia dizia respeito a um
empréstimo pessoal, sem nenhuma contrapartida em favor do empresário.
A defesa alega que o
parlamentar foi "vítima de uma situação forjada, arquitetada por
criminosos confessos que, sob a orientação do então procurador Marcelo Miller,
buscavam firmar um acordo de delação premiada fantástico".
Por meio de nota, o
advogado do senador, Alberto Toron, disse que "as provas revelam que o
empréstimo pessoal feito a Aécio não envolvia dinheiro público ou qualquer
contrapartida, como reconheceu a própria PGR. E que assim, "inexiste crime
ou ilegalidade na conduta do senador".
Por Cintia Moreira