A polícia está cumprindo
mandados na casa de Zezinho do Botafogo e na Federação Paraibana de Futebol. Os
mandados estão sendo cumpridos nos municípios de João Pessoa, Bayeux, Cabedelo,
Campina Grande e Cajazeiras.
(Foto: Walla Santos ) |
A Polícia Civil da Paraíba
deflagrou na madrugada desta segunda-feira (9) a Operação Cartola. Entre os
alvos da operação, estão sendo cumpridos mandados na casa de Zezinho do
Botafogo e na sede da Federação Paraibana de Futebol (FPF). Os envolvidos estão
sendo investigados pelos crimes de organização criminosa, falsidade ideológica,
manipulação de resultados e por outras condutas sob apuração.
Ao todo foram cumpridos 39
mandados de busca e apreensão, nas cidades de João Pessoa, Bayeux, Cabedelo,
Campina Grande e Cajazeiras.
A Operação Cartola é
resultado de mais de seis meses de investigações e tem por objetivo apurar os
crimes cometidos por uma organização composta por membros da Federação
Paraibana de Futebol (FPF), Comissão Estadual de Arbitragem da Paraíba (CEAF),
Tribunal de Justiça Desportiva da Paraíba (TJD/PB) e dirigentes de clubes de
futebol profissional do Estado da Paraíba (CARTOLAS).
Segundo a polícia, foi
identificada a existência de dois núcleos principais, com aproximadamente 80
membros identificados, sendo o primeiro - liderança - formado por membros da
FPF, CEAF e Dirigentes de clubes de futebol profissional. Este núcleo (CARTOLA)
é responsável pelas decisões mais importantes relacionadas ao meio do futebol
Paraibano e conta com uma sofisticada rede de proteção / elevado grau de articulação institucional.
O segundo núcleo
identificado é formado por membros executores ligados à CEAF (arbitragem),
funcionários da FPF e de clubes de futebol, que atuam segundo a direção /
determinação do núcleo principal.
Dentre as principais
condutas investigadas, destacam-se a manipulação de resultados de campeonatos
de futebol, adulteração de documentos, interferência em decisões da justiça
desportiva (TJD) e desvio de valores oriundos de partidas de futebol profissional.
De acordo com a polícia,
para manter o sigilo das investigações, os detalhes sobre o modo de atuação dos
investigados, individualização das condutas e demais características da
organização só poderão ser divulgados posteriormente, após a conclusão da fase
investigativa e análise de todo o material apreendido.
Os mandados foram
cumpridos por 230 policiais civis de diversas cidades da Paraíba. O
desenvolvimento da Operação Cartola teve a participação fundamental de
testemunhas dos fatos, com conhecimento detalhado das condutas praticadas, além
do trabalho das equipes de monitoramento e vigilância da Polícia Civil, que
analisaram centenas de documentos e realizaram diversas diligências durante os
seis meses de investigações.
A investigação foi autorizada
pela Justiça Criminal paraibana, através da 4ª Vara Criminal de João Pessoa,
que analisou e deferiu as medidas cautelares relacionadas à operação.
A operação conjunta está
sendo realizada pela Polícia Civil da Paraíba, através da 1ª SRPC - Superintendência
de João Pessoa e Delegacia de Defraudações e Falsificações de João Pessoa /
DDF, e do Ministério Público da Paraíba, através do Grupo de Atuação Especial
contra o Crime Organizado / GAECO.
Com clickpb.com.br