O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) contestou o discurso oposicionista de que a suspensão dos gastos de R$ 50 bilhões previstos
no orçamento deste ano, determinada pela presidente Dilma Rousseff,
teria se tornado necessária por causa da “gastança” do governo Luiz
Inácio Lula da Silva, especialmente no ano passado. Conforme os
senadores da oposição, o excesso de gastos teria acelerado demais a
economia, fazendo a inflação subir nos últimos meses.
Depois de apoiar as “medidas de
austeridade orçamentária” da presidente da República, Vital do Rêgo
também contestou as afirmações de que o governo teria “agido tarde
demais” para controlar a inflação.
A contenção dos gastos, sustentou o
senador peemedebista, evitará que o Banco Central seja obrigado a
“aumentar muito” a taxa de juros. Ele disse que isso poderia provocar
“uma desaceleração muito grande” na economia e, ao mesmo tempo, levaria
o dólar a se desvalorizar ainda mais frente ao real, afetando as
exportações.
De acordo com matéria da Agência Senado,
Vital do Rego criticou o discurso oposicionista sobre descontrole de
gastos no governo. “É de se estranhar o discurso equivocado de certos
setores da política, que falam haver um descontrole nos gastos e, ao
mesmo tempo, defendem, numa retórica demagógica, um irreal aumento do
salário mínimo para 600 reais”, afirmou Vital do Rego.
Ele explicou que, para cada aumento de
R$ 1,00 do salário mínimo, há um gasto do governo, especialmente com a Previdência Social, de R$ 290 milhões por ano. Assim, elevar o salário
mínimo para R$ 600 exigiria anualmente do governo cerca de R$ 16
bilhões. Para aumentar tanto o salário mínimo, continuou Vital do Rêgo,
o governo teria de comprimir “ainda mais” os investimentos públicos,
prejudicando o crescimento da economia e a continuidade da geração de
empregos. Ascom