POLÍTICA: 23/06/2010 - Em Sousa, adversários do ex-deputado Inaldo Leitão já começam a
fazer circular pela cidade contundente artigo que o atual chefe da Casa
Civil do governador Maranhão escreveu à época da cassação do
ex-governador Cássio.
No artigo, publicado no portal PB Agora em fevereiro de 2009, Inaldo destaca que a "democracia maranhista" funciona pelo avesso: o vencedor perde, o derrotado ganha.
É pesado.
Leia-o na íntegra:
O cavalo de Átila
É notória a pouca utilidade do ex-governador José Maranhão no desempenho do mandato de senador conferido pelos paraibanos. É um obscuro, dizem uns. Um inútil, comentam outros. Inútil e obscuro são ingredientes que resultam na receita do nada. Mas há uma tarefa que Maranhão se impôs e a exercita com extrema eficiência – infernizar a vida de Cássio e, por tabela, dos paraibanos. Desde que foi derrotado nas eleições de 2006 nos dois turnos, Maranhão bateu na porta da Justiça Eleitoral e durante mais de dois anos trabalha para, no tapetão, subverter o resultado das urnas e inverter a ordem natural das coisas: o vencedor perde, o derrotado ganha. É a democracia maranhista – pelo avesso.
Enquanto o processo de cassação de Cássio sobe os degraus das instâncias recursais, Maranhão resolveu empregar seu tempo agora na caça às obras do governo estadual, que ele chama de inacabadas. Inventou a tal Caravana da Reconstrução e, cercado de deputados estaduais e federais, além de candidatos a cargos no ‘futuro’ governo, ora desocupados, danou-se a viajar para o interior do Estado em busca das tais obras inconclusas. Qualquer cidadão sabe que o resultado dessas visitas é nenhum. Melhor faria o séqüito maranhista se visitasse o Palácio do Planalto e reivindicasse recursos para a conclusão das obras. Como o enredo dessa peça teatral é fictício, e só serve para fazer barulho no suspeitíssimo jornal de Roberto Cavalcanti, essa hipótese, claro, está descartada.
Trata-se de conduta lastimável de uma gente que, na falta do que fazer, resolve desperdiçar tempo e torrar dinheiro público. Os deputados federais e estaduais que integram a troupe maranhista parece que entendem bem do assunto: foi sob o governo do ex Maranhão que a Paraíba assistiu ao maior espetáculo de obras inacabadas e, pior ainda, paralisadas por suspeita de superfaturamento.
É o caso da duplicação da BR 230 e do Canal de Sousa, segundo auditoria do Tribunal de Contas da União, para citar apenas as obras estruturantes iniciadas e paralisadas no ex governo de JM. A paralisação dessas obras, ora em fase de conclusão pelo governo Cássio, causou grandes prejuízos aos paraibanos e ruborizou os ministros do TCU, pois alguns itens acusaram superfaturamento de 110%. Tivemos um trabalho danado para convencer o Tribunal e a Comissão de Orçamento do Congresso Nacional de que era preciso liberar as obras e responsabilizar os maus gestores públicos – os agora autoproclamados “fiscais de obras públicas.”
É risível, por ser também patética, a conduta desses acusadores dos próprios pecados. Melhor fariam esses ilustres representantes do povo se cumprissem um dever básico de todo homem público – o de trabalhar pela Paraíba e não atrapalhar a agenda do governo com fanfarronices. O governo Cássio promoveu o equilíbrio fiscal do estado, bateu recordes na consolidação de planos de carreira dos servidores, paga a folha de pagamente de pessoal dentro do mês trabalhado, mantém em dia os compromissos com os fornecedores e tem uma inédita agenda de obras espalhadas por todo o estado.
Tudo isso incomoda a oposição, sempre de olho na próxima eleição e com a pretensão (!) de influir no resultado do julgamento do TSE. Se o governo vai bem, essa turma se sente ameaçada no seu projeto eleitoral. Até aí tudo bem, pois o povo não é bobo e sabe distinguir o certo do errado. O problema é quando a oposição ao governo perde o rumo das coisas, se descola da crítica a que todo governo está submetido e resvala para o campo da baixaria.
Átila, Rei dos Hunos, conhecido na história como o “Flagelo de Deus”, tinha verdadeira obsessão por tudo que não lhe pertencia. Com seu exército sanguinário, devastou durante anos os territórios do decadente império romano, destronando reis e executando friamente os vencidos. Como todo déspota, cultivava um apetite desmedido pelo poder. “A grama não volta a crescer onde o meu cavalo pisa”, jactava-se o cruel Rei, com espírito destruidor.
Não vou comparar o ex Maranhão a Átila e tampouco seus seguidores aos Hunos. Seria promovê-los em excesso. Mas essa Caravana da Reconstrução, que prefiro chamar de Cavalaria da Destruição, faz lembrar o cavalo de Átila e suas patas do mal. A propósito: não é recomendável que esses sequazes do maranhismo coloquem os cascos na recém-inaugurada estrada asfaltada ligando São José da Lagoa Tapada a Sousa, pois há risco de fazerem a terra tremer. Estrada, alíás, que Maranhão prometeu e sequer iniciou. Cássio fez.
É notória a pouca utilidade do ex-governador José Maranhão no desempenho do mandato de senador conferido pelos paraibanos. É um obscuro, dizem uns. Um inútil, comentam outros. Inútil e obscuro são ingredientes que resultam na receita do nada. Mas há uma tarefa que Maranhão se impôs e a exercita com extrema eficiência – infernizar a vida de Cássio e, por tabela, dos paraibanos. Desde que foi derrotado nas eleições de 2006 nos dois turnos, Maranhão bateu na porta da Justiça Eleitoral e durante mais de dois anos trabalha para, no tapetão, subverter o resultado das urnas e inverter a ordem natural das coisas: o vencedor perde, o derrotado ganha. É a democracia maranhista – pelo avesso.
Enquanto o processo de cassação de Cássio sobe os degraus das instâncias recursais, Maranhão resolveu empregar seu tempo agora na caça às obras do governo estadual, que ele chama de inacabadas. Inventou a tal Caravana da Reconstrução e, cercado de deputados estaduais e federais, além de candidatos a cargos no ‘futuro’ governo, ora desocupados, danou-se a viajar para o interior do Estado em busca das tais obras inconclusas. Qualquer cidadão sabe que o resultado dessas visitas é nenhum. Melhor faria o séqüito maranhista se visitasse o Palácio do Planalto e reivindicasse recursos para a conclusão das obras. Como o enredo dessa peça teatral é fictício, e só serve para fazer barulho no suspeitíssimo jornal de Roberto Cavalcanti, essa hipótese, claro, está descartada.
Trata-se de conduta lastimável de uma gente que, na falta do que fazer, resolve desperdiçar tempo e torrar dinheiro público. Os deputados federais e estaduais que integram a troupe maranhista parece que entendem bem do assunto: foi sob o governo do ex Maranhão que a Paraíba assistiu ao maior espetáculo de obras inacabadas e, pior ainda, paralisadas por suspeita de superfaturamento.
É o caso da duplicação da BR 230 e do Canal de Sousa, segundo auditoria do Tribunal de Contas da União, para citar apenas as obras estruturantes iniciadas e paralisadas no ex governo de JM. A paralisação dessas obras, ora em fase de conclusão pelo governo Cássio, causou grandes prejuízos aos paraibanos e ruborizou os ministros do TCU, pois alguns itens acusaram superfaturamento de 110%. Tivemos um trabalho danado para convencer o Tribunal e a Comissão de Orçamento do Congresso Nacional de que era preciso liberar as obras e responsabilizar os maus gestores públicos – os agora autoproclamados “fiscais de obras públicas.”
É risível, por ser também patética, a conduta desses acusadores dos próprios pecados. Melhor fariam esses ilustres representantes do povo se cumprissem um dever básico de todo homem público – o de trabalhar pela Paraíba e não atrapalhar a agenda do governo com fanfarronices. O governo Cássio promoveu o equilíbrio fiscal do estado, bateu recordes na consolidação de planos de carreira dos servidores, paga a folha de pagamente de pessoal dentro do mês trabalhado, mantém em dia os compromissos com os fornecedores e tem uma inédita agenda de obras espalhadas por todo o estado.
Tudo isso incomoda a oposição, sempre de olho na próxima eleição e com a pretensão (!) de influir no resultado do julgamento do TSE. Se o governo vai bem, essa turma se sente ameaçada no seu projeto eleitoral. Até aí tudo bem, pois o povo não é bobo e sabe distinguir o certo do errado. O problema é quando a oposição ao governo perde o rumo das coisas, se descola da crítica a que todo governo está submetido e resvala para o campo da baixaria.
Átila, Rei dos Hunos, conhecido na história como o “Flagelo de Deus”, tinha verdadeira obsessão por tudo que não lhe pertencia. Com seu exército sanguinário, devastou durante anos os territórios do decadente império romano, destronando reis e executando friamente os vencidos. Como todo déspota, cultivava um apetite desmedido pelo poder. “A grama não volta a crescer onde o meu cavalo pisa”, jactava-se o cruel Rei, com espírito destruidor.
Não vou comparar o ex Maranhão a Átila e tampouco seus seguidores aos Hunos. Seria promovê-los em excesso. Mas essa Caravana da Reconstrução, que prefiro chamar de Cavalaria da Destruição, faz lembrar o cavalo de Átila e suas patas do mal. A propósito: não é recomendável que esses sequazes do maranhismo coloquem os cascos na recém-inaugurada estrada asfaltada ligando São José da Lagoa Tapada a Sousa, pois há risco de fazerem a terra tremer. Estrada, alíás, que Maranhão prometeu e sequer iniciou. Cássio fez.
Inaldo Rocha Leitão