Em 2006, sul-americanos venceram na prorrogação por 2 a 1. Quatorze
jogadores que estiveram naquela partida estão na Copa da África do Sul.
ESPORTES: 27/06/2010 - Se há uma partida das oitavas de final da Copa do Mundo da África do
Sul que desperta o sentimento mais fresco de revanche, é o duelo entre
Argentina e México, que acontece neste domingo, no estádio Soccer City,
em Joanesburgo. O jogo é uma reedição do confronto entre as mesmas
equipes, na mesma fase, acontecido na cidade de Leipzig, na Alemanha, no
Mundial de 2006.
O desejo de revanche parte, claro, dos mexicanos, que foram derrotados
por 2 a 1 na prorrogação, com um golaço de Maxi Rodríguez. O meia é um
dos 14 jogadores que estiveram naquela partida e que se reencontram no
gramado para mais uma disputa de vaga nas quartas de final de uma Copa
do Mundo. Oito mexicanos e seis argentinos terão o privilégio de se
enfrentarem novamente. Além do autor do gol da classificação argentina,
estiveram na disputa os zagueiros Heinze e Burdisso (este não entrou em
campo), o meia Mascherano e os atacantes Messi e Tevez. Pelo México,
estavam na Alemanha o goleiro Ochoa, os defensores Salcido, Rafa
Márquez, Francisco Rodríguez e Osorio; os meias Torrado e Guardado; e o
atacante Franco.
Atacante Franco.
Quatro anos após a Copa de
2006, quando era reserva,
Messi é o grande nome da seleção argentina (Foto: AP)
Se quatro anos atrás Maxi Rodríguez era titular e o jovem Messi ficava
na reserva e era visto como uma grande promessa, desta vez os papéis se
inverteram. Rodríguez é reserva do veterano Verón, enquanto Messi é o
melhor jogador do mundo, e principal estrela do Mundial. Jogadores
consagrados como Riquelme e Sorín e eternas promessas como Saviola e
Aymar deixaram o time, que recebeu em troca jovens habilidosos como
Sérgio Agüero, Di María, Higuaín e Diego Milito, todos com grande
sucesso no futebol europeu. Além disso, em vez de serem treinados por um
técnico competente, porém pouco conhecido, como José Pekerman, os
argentinos têm no banco o mais conhecido dos argentinos - Diego Armando
Maradona, ídolo maior do país - cujas qualidades como treinador não são
exatamente admiradas. Quase um deus para os seus comandados, em 2006 o
'diez' estava na tribuna do Zentralstadion ao lado da filha Dalma.
Giovani dos Santos (esq.) e
Rafa Márquez: mescla entre
experiência e juventude da seleção mexicana (Foto: AFP)
Os mexicanos, por sua vez, tiveram uma renovação parcial na equipe.
Saíram os veteranos Borghetti, Pardo e Zinha, e assumiram a liderança do
grupo Rafa Márquez e o também veterano Blanco, que retornou a um
Mundial após ser cortado na Alemanha. Jovens revelações como Giovani dos
Santos e Guardado - que esteve na Alemanha - confirmaram presença entre
os titulares, dando mais criatividade à equipe, que tenta pela terceira
vez ir às quartas de final - só conseguiu o feito em 1970 e 1986,
justamente quando foi sede da Copa. No banco, o argentino naturalizado
mexicano Ricardo La Volpe deu lugar ao ex-jogador da seleção mexicana
Javier Aguirre.
O jogo
A partida foi uma das mais equilibradas e disputadas do Mundial. Com
uma equipe muito habilidosa - a exemplo da que tem na África do Sul - os
argentinos eram os grandes favoritos à vaga nas quartas de final. Em
campo, no entanto, o México equilibrou o jogo, e chegou a abrir o placar
logo aos cinco minutos do primeiro tempo, com Rafa Márquez, após
cobrança de falta de Pardo e desvio de cabeça de Castro.
Maxi Rodríguez chuta de primeira para
marcar o golaço da classificação argentina conyra o México em 2006
(Foto: Getty Images)
Os argentinos passaram a pressionar os mexicanos em busca do gol de
empate, que veio logo aos 10 minutos, quando, após escanteio de
Riquelme, Borghetti - maior artilheiro da seleção mexicana em todos os
tempos e exímio cabeceador - desviou a bola para o fundo da própria
meta, mas o gol foi dado ao atacante Crespo.
O jogo seguiu empatado até o fim do tempo regulamentar, mas ambas as
equipes tiveram chances de desempatar o jogo - Messi chegou a ter um gol
erradamente anulado. Na prorrogação, com melhor preparo físico, os
argentinos conseguiram o gol da virada. Após passe de Sorín, Maxi
Rodríguez dominou a bola no peito e, de pé esquerdo, acertou o ângulo do
goleiro Sánchez. Um golaço que classificou os argentinos e eliminou os
mexicanos pela quarta vez seguida nas oitavas de final de um Mundial. G1