Em reunião com movimentos de
rua alinhados à pauta liberal, o ministro da Economia, Paulo Guedes, fez um
apelo por apoio à agenda de reformas do governo. O encontro ocorreu em almoço
na casa do secretário de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, Salim
Mattar, em Brasília, nesta terça-feira (3).
Entre os temas da conversa
estavam as reformas administrativa e tributária e as PECs do pacto federativo.
Segundo informação revelada pelo BR19, do Estadão, e confirmada pelo Congresso
em Foco com uma fonte que estava na reunião, o ministro apresentou um
calendário das reformas e pediu para que os movimentos dessem sugestões e
avaliassem o que podem fazer para apoiar a agenda econômica. Ao apresentar o
cronograma de votação, o ministro disse que "são 15 semanas para mudar o
Brasil".
O prazo dado pelo ministro
gerou debates sobre qual a razão do prazo dado pelo ministro. Houve quem
interpretasse o prazo como uma referência a um limite imposto pelo presidente
Jair Bolsonaro (sem partido). Um deputado da base, ligado ao grupo de Guedes,
acredita, entretanto, que o prazo é referente ao fim do primeiro semestre, já
que no segundo semestre os congressistas devem voltar atenções às eleições
municipais.
Estavam presentes
representes do Movimento Brasil Livre (MBL), Brasil 200, Vem pra Rua, Aliança
Brasil e outras organizações que dão sustentação à agenda econômica do governo.
A princípio, Guedes iria
receber os representantes na sede do ministério, porém o encontro foi cancelado
ainda na noite de segunda-feira (2) e não foi informada nova data. Segundo
assessores do ministro, o adiamento teria ocorrido porque os secretários José
Barroso Tostes Neto (Receita Federal) e Paulo Uebel (Modernização do Estado)
não se encontravam em Brasília. A ideia do encontro era apresentar a agenda de
transformação do Estado da mesma forma que foi feito na tramitação da reforma
da Previdência.
Congresso em Foco