O setor sucroenergético
paraibano, representado pelo Sindicato da Indústria de Fabricação de Álcool do
Estado da Paraíba (Sindalcool), participou nesta sexta-feira (27), de uma
videoconferência com os ministérios da Agricultura e de Minas e Energia,
respectivamente, para reivindicar medidas urgentes a fim de melhorar a
competitividade no mercado, em razão da publicação nesta quinta-feira (26), da
resolução Camex 22, que isenta o imposto de importação do álcool etílico
hidratado que é o mesmo produzido no Brasil.
O presidente do Sindalcool,
Edmundo Barbosa, adiantou ainda que na pauta da videoconferência, o setor
representado pela União da indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) e Fórum Nacional
Sucroenergético, ainda apresentará os investimentos do setor para os próximos
dez anos com a finalidade de ampliar a produção de etanol, dentro da Política
Nacional de Biocombustíveis.
Para Edmundo Barbosa, a
resolução Camex 22, prejudica todo o setor sucroenergético nacional no meio
desta crise, e pode acentuar ainda mais os problemas no setor econômico,
diminuindo os postos de trabalho deste mercado, pois a safra no Centro Sul do
país está começando neste mês. “ARegião Nordeste deverá ser a mais prejudicada
por importações de álcool americano pela proximidade”, lembrou.
O presidente do Sindalcool
asseverou que, mesmo diante das ponderações apresentadas ainda nesta semana ao
Ministério das Minas e Energia, o governo agiu desfavorável ao setor que
emprega 21.800 trabalhadores na Paraíba durante a safra, e mais de 800 mil no Centro
Sul. “Com a queda dos preços do petróleo, o etanol nos Estados Unidos caiu de preço
e está sendo vendido a 300 dólares, e mesmo com o câmbio em relação ao real, o
produto americano vai chegar aqui na região com preço muito menor do que o
custo de produção”, lembrou Edmundo Barbosa.
De acordo ainda com o
presidente do Sindalcool, a demanda no mercado nacional caiu mais de 50%. “Esse
preço que vai chegar sem imposto a R$ 2,15 é um preço que irá balizar os preços
nacionais e obrigará os produtores locais a reduzirem preço, e por
consequência, todos os fornecedores de cana serão ainda mais prejudicados”,
destacou.
Assessoria