Para o deputado, é preciso
que o governo, ao invés de permitir que a corda arrebente para o lado mais
fraco, edite medidas que obrigue os bancos, por exemplo, a oferecerem linhas de
crédito especiais para o setor empregador. Isso sim, na opinião do parlamentar,
pode resguardar a economia e evitar um grande colapso. “Abrir linhas de credito
especial para micro, pequenos e médios empresários, e até para o grande, com
juros negativos, com prazos de vencimento em 10 anos para fazer a economia
continuar girando”, sugeriu o deputado.
“O caminho a ser percorrido
não é lançar o trabalhador à própria sorte. O governo precisa mobilizar crédito
dos bancos públicos para segurar a crise e evitar que o empresário quebre.
Muitos países fizeram isso. A China foi um dos que fizeram. Por que no Brasil
se faz diferente? Por que no Brasil se faz errado?”, lamentou o deputado.
Jeová também destacou que o
governo não tem plano algum para os trabalhadores informais, aqueles que
deixaram de ir às ruas vender seus produtos e serviços para cumprir a
determinação de isolamento social. “Eles não tem renda e vivem do suor de seu
rosto e não tem nenhuma proteção da previdência e nem da CLT e fica sem poder
trabalhar com a reclusão imposta. Como é que essas pessoas vão viver se os
trabalhadores da economia informal não vão ter receita alguma? Temos que
protestar contra essa medida. Não podem, mais uma vez, colocar no colo dos
trabalhadores a conta que o trabalhador não fez. Fizeram a reforma trabalhista.
Diziam que ia gerar emprego e não gerou. Vem agora o corona e os trabalhadores
vão deixar de receber salário? Além de quebrar o país, com isso as pessoas vão
morrer de fome? É preciso que o Congresso se levante contra isso. É
inaceitável”, protestou o socialista.
A medida é parte do conjunto
de ações do governo federal de combate aos efeitos econômicos da pandemia do
coronavírus e frisa que a suspensão deve ser feita para a participação do trabalhador
em curso ou programa de qualificação profissional não presencial oferecido pelo
empregador. Como se trata de uma medida provisória, o texto passa a valer
imediatamente, mas ainda precisa ser avalizado pelo Congresso no prazo de até
120 dias para não perder a validade.
Assessoria